Ser como sou expresso em Ritos, Ritos Sagrados em Atos.
Ouso a seguir entre as Maçãs, as macieiras e o feminino sagrado.
Martenar:
No outono deixo render-me e cicatrizo as fendas em meus ossos, convido às velhas bem velhas aquelas que cantam e regeneram.
No inverno mergulho em minha escura morada feminina e escuto as sabedorias irmãs, fortaleço-me na seiva da vida, sou uma em gestação.
Na Primavera sou convidada a renascer das profundezas da terra encontro a luz da criação.
Sou o florescer da Vida e tomo com dignidade cada raio de sol, cada gota de orvalhos a dança entre o dia e a noite, a alquimia convida a senda do florescer em um caminho de beleza.
No verão expando-me e compartilho inspirações na forma de dons, multiplico a sabedoria com a comunidade Humana, meus irmãos.
Logo novamente sou fecundada e sigo os ritmos e tempos dos ciclos da fertilidade.
Ato de conceber ou Florescer.
Aos 11 anos de idade iniciada na jornada sagrada da Tenda Flor da Lua.Como mulher, a cada mês vivo o sagrado momento do conceber ou florescer. Imersa na tenda da Flor da Lua através do meu sangue ouço novamente a história da criação.
Aprendo sobre o sagrado feminino, sobre a comunhão com a terra e sobre a gestação.
Agradeço, consagro e reverencio a linha do feminino de toda a linhagem Ancestral.
O útero de Mulher alinha-se novamente atravessando além dos Portais da Terra, em seu manto recebendo a Sabedoria Celestial.
Sou Negra e escura nestas noites e dias, vejo a morte nutrindo a vida e a vida renascendo.
Sou Mulher filha da Terra abro-me a ser fecundada, concebo gesto e sou guiada a dar a luz enquanto a terra canta as mais velhas canções.
Sou a Maçã desejo, sexo suave e ardente, profano e sagrado, sou pecado e absolvição, sou caminho por onde o masculino ascende e transcende os portais da Criação.
Sim, as mil faces multiplicam-se abrem as 10.000 portas do Sagrado Feminino sou caminho do prazer de todas elas dançando e una em expansão. Sou Macieira, árvore da vida, sou o encontro do todo e o que é.
O sagrado apresenta-se hora menina hora donzela hora mulher hora é a velha bem velha sabedorias distintas, todas falam do amor, valor, prazer e vida do ser mulher.
O ato de Gerar.
O ato de gerar é viver a iniciação de pela primeira vez ouvir a voz da velha lá no profundo coração, é viajar pelos portais das sombras e emergir a luz conhecendo os caminhos das virtudes e das Limitações.
Revelar os Mistérios do Feminino pela senda das antigas velhas e transformar crenças e padrões que guiaram o feminino por aeons, aeons e aeons.
Onde o feminino tornou-se do sagrado ao profano, de sábias das ervas seguiram as fogueiras acesas, sem consciência e sem ver abriram suas faces inocentes feridas na alma imprimiram em seus corações.
Fruto proibido, maçã do pecado, portas fechadas ao céu as marcas seguiram a cada geração.
Os dons do feminino guardados, sufocados, vendidos, traídos, escondidos, feridos desenham a dor, a luta, o sacrifício como caminho da gestação.
Ser guiada a dar a luz a vida de prazer torna-se dor.
Ato de U ter ar: Guiar a vida a luz.
Aquele que expulsa, expande para trazer a vida a luz,
como guia o feminino deixa aos tempos antigos com absoluta permissão, o tempo e ciclo das Luas guias da pulsação.
E passam a serem guiada pelas agendas, cesarianas, e novas crenças sugeridas pela sabedoria Atual esquecendo da sabedoria ancestral.
Novos Saberes dizem:
Você Mulher tem dilatação, você mulher não tem dilatação.
A Mulher abre mão do direito de escolha, desliga-se do ato da expansão do ventre que pulsa o leite na hora da amamentação.
Ao invés de Luz Soro para acelerar as contrações, ao invés das Luas a Agenda que data o dia e a hora da chegada de novas vidas.
O olhar da Mamãe e o afago dos partos livres com bênçãos do Pai que dá boas vindas ao mundo dá lugar aos procedimentos gerais, a liberação da equipe de profissionais, a diminuição dos custos financeiros aos rendimentos e lucros dos planos de saúde.
A voz da Velha é sucumbida o feminino e o sagrado, os caminhos naturais da vida com permissão mais consciente, menos consciente esta mulher passa estabelecer um procedimento padrão.
Ato de Liberar:
O solo guerreiro da coragem o ato de prazer com a velha sábia é relegado aos fundos escuros dos porões.
A vida é controlada, guiado sendo o tempo Humano e não mais na pulsação do ventre tão menos no ritmo e canção do coração.
A consciência do feminino é adormecida e a liderança descansa no plano da ilusão.
Ao Flor é Ser:
Abençoando essa História, sigo agradecendo por cada Aprendizagem.
Sinto Muito de todo coração por todas estas permissões.Confio que Posso mover em nova direção, agora.
Comprometo-me e reúno minhas faces, menina, donzela, mulher e Velha bem velha em estar presente, inteira, consciente e desperta de minhas escolhas.
Então acolho minha história Milenar e assumo 100% da responsabilidade, enquanto MULHER por todas estas escolhas.
Ao pedido que tenha gerado em algum nível de minha consciência feminina para aprender sobre o meu digno valor.
Seguir em novo rumo, em nova direção cuidando zelando nutrindo acalantando afagando, renascendo o dom sagrado do ser feminino expressão da Alma da Terra, filha da Criação.
Sim. Eu agora vejo minha imagem e a imagem de todas estas mulheres envolvidas pelo Manto do Amor, diluindo, transformando o passado de dor, no mais sutil toque das flores que curam em sua alquimia movendo a sabedoria do amor e do valor.
Sim, sigo livre e abençoada, libero em gratidão.
Posso escolher com sabedoria se quero ser guiada pelas Luas ou não. Parto livre, parto humanizado ou Cesária. Posso gerar como minhas ancestrais, ouvindo a canção dos ventos, a sabedoria das estações e as pulsações de cada lua.
Sou Mulher consciente digna da vida, do amor e de valor.
Sou Macieira livre, contenho em minhas sementes a história da vida, sou terra, sou céu, sou feminino que ascende caminho da iluminação.
Gero em meu ventre em liberdade expando o amor em minha criação. Sou Mulher, sou o feminino sagrado eis aqui os mistérios e a revelação.
A Natural Medicina, agradece sua presença nesse caminhar.