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E me diga, Velha…O que são esses tais de Mistérios que guarda a caverna escura, do Sagrado Feminino?

E me diga, Velha…O que são esses tais de Mistérios que guarda a caverna escura, do Sagrado Feminino?
Diz então, a Avó, com seus escritos antigos, calendários da Lua, assinalados na Jornada do auto-conhecer o Sagrado Feminino.
Ai que delícia que é, bebericar esse chá, e escrever para si, sem ter que isso ou aquilo, somente escrever sobe as coisas do coração.
Sabe, filha, muito andei cultivando, zelando e amando o Jardim da Vida e foi semeando que aprendi, que é ofertando, que a graça se revela.
Para saber do Fluxo da Vida, a melhor amiga é a Lua, para saber sobre a sabedoria, nada melhor que olhar a fonte e a origem da vida e honrar, essa história primeiro caminhada.
É quando contamos nossas histórias, que as palavras ganham vida, e desenham pelo chão da existencia, a honra e reverencia a nossa própria existência.
Posso, com algria compartilhar um tanto do que venho aprendendo, pois para ser um cadinho sábia é preciso aprender a ser apendiz de si mesmo.
Já passa muitos anos que ainda Jovem, aprendi, com a velha Avó Lua, sobre os mistérios dos ciclos da natureza, meu universo escuro e selvagem, ao mesmo tempo que temia, ali estava os maiores poderes de meu Ser Inteiro.
A cada mês, na Lua atuam sabedorias distintas que quando iluminadas pelo sol em sua máxima força, revelam a essência sobre os ciclos da fertilidade, sinaliza o caminho hormonal e revelam sobre o fluxo da energia em nossa intimidade e sexualidade.
Todas as mudanças internas e externas, as sensações e o reconhecimento de si mesma, do mundo que cerca, levam o Ser Feminino, recordar do caminho de amadurecimento, evolução e desenvolvimento.
O primeiro olhar, o primeiro beijo, a primeira menarca, quando chega o Sangue, quando o sangue se transforma em Sabedoria.
A “Flor da Lua”anuncia as mudanças da Jovem menina, cujo o corpo já está disponível enquanto Mulher, com tudo, até que essa Menina, torne-se uma Mulher Inteira, segue uma sagrada Jornada, com ritos de passagens e Iniciações, os quais inspiram-nos a desvelar os mistérios, e revelar os poderes de acender as chamas do Sagrado Feminino.
Compreende tudo que está na delicada renda tecida em amor a qual imprimi de forma natural ou suprimida, a primeira vez que o toque toca o coração, toca o próprio corpo, quando é tocada, quem a toca, como toca, como é o toque, e ainda, como ela se permite receber o toque, como relaciona-se com sua intimidade, estabelece vínculos e estruturou desde seu primeiro contato, o amor.
Enquanto “Mulher” no ápice da fertilidade, mergulha em suas forças instintivas, investiga, se conhece, transpõem vales e desertos em suas travessias, a cada estação, nasce, morre, renasce e floresce.

Um caminho de mudanças constantes, que a lua e o sol, nos informam, enquanto dança do masculino e feminino na Jornada da Integração.
Conhecer sua vastidão escura, requer coragem de se colocar diante dos medos, sem resguarda-se das travessias e sim, empoderar-se de suas naturais forças, desde o centro da terra, junto e em conjunto as antigas mulheres que antes dela vieram.

Agradecendo a vida, honrando e a preciosidade da vida, levando adiante, os dons e talentos, sabedorias semeadas por cada uma delas, em suas diferentes compreensões do seu eu consigo mesmo, compreendiam, Ser amor.

Quantos auto-sacrifícios, a ponto de esquecerem de si mesmas, plantaram em solidão, e hoje, nós,acordamos e colhemos suas sementes, agora,  aprendemos sobre uma nova forma de compreender o amor.

Brota em meio ao amor de todas elas, em suas humanidades, o “novo”.

A Mulher que me habita, após quarenta anos, recebe a força da terra, a oportunidade de fecundar, conceber, gestar e dar a luz a novas vidas.Inicia-se  o  novo caminho de encontro, a cada fase da vida, sempre, agradecendo.

Diante da menina…Donzela….Mulher, todas de mãos dadas, acolhendo a história de vida, avistam uma ponte, tecida, rendada na vulnerabilidade experienciada, o bordado delicado da menina, a costura destemida da Donzela, os arremates da Mulher, empoderada em seus instintos escuros, de Mulher….avistam no Olhar, um olhar de amor, que se bem diz, que se bem quer.

A Velha, bem velha, de face enrugada, Alma da Terra, testemunha a chegada da nova estação, onde todas as fases se integram, abençoa com toda sua ternura, a chegada do “Novo”.

Chega com seus colares de ervas, medicinas e balsamos, olhando acima dos óculos, a contadora de histórias em alegorias, em cada linha uma sabedoria, em sua sacola, presentes de amor.

Receptiva a semear sem ver a quem, a anciã, ancora morada, despede-se dos Oceanos e segue para a Montanha, com o cesto cheio de frutos, colhe as bênçãos, também.

Grata, Alma da Terra, por compartilhar suas sabedorias, a cada avô cristal, mineral, cada elemento e lugar da terra, plantas e seus benefícios em aromas, forças e poderes de cada animal.

Gratidão por me ensinar com tanta paciência, aguardando e inspirando o amadurecimento de meu Ser feminino, agora chegando a Velha que me habita, dou boas vindas e saúdo sua chegada, é momento de honrar a boa estrada, até aqui, já caminhada.

Que a cada amanhecer seu coração seja tocado pelas bênçãos do amor.
A Natural Medicina, agradece sua presença nesse caminhar.

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