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Hellinger Sciencia- Constelações Familiares

   1-Quando utilizar as Constelações Familiares ?O que é?Como acontece?A quem se destina?
2-Sobre Ética de Alma
3-Biografia de Bert Hellinger
4-Prática das Constelações Familiares em atendimentos Individuais.
5- Constelações em Atendimentos em Grupo.
6-A Prática de Constelações, enquanto Formadora em atendimentos de grupo e atendimentos Individuais:
7- Leis e Ordens do Amor.
8-Leis e Ordens da Ajuda.
9-Postura de um Constelador Segundo Bert Hellinger.
10-Evolução das distintas Abordagens das Constelações Familiares:
Das Constelações Tradicionais as Novas Constelações
11- Uma entrevista:Como Bert Hellinger chegou as Constelações Familiares.
12-Bert Hellinger –distinção entre os 4 tipos de Sentimentos:
                                    13-Leituras Recomendadas.                      
       14-Leitura de Campos.
                Constelação familiar sistêmica e o “Campo” 

        15-Expressões que curam a alma.De onde nascem?
                 Por Sahwenya Passuello-

 Quando utilizar as Constelações Familiares?Falando com os orientandos que estudam Constelações com Sahwenya:

A orientação que compartilho, fala, sobre a estabilidade daquele que necessita de ajuda.

Considerando que esta ajuda some em direção a vida, que oferte amadurecimento, mantendo a estabilidade daquele que receberá a revelação de sua questão.

Alerto, para que sejam humildes e se disponibilizem a ajuda dentro de seu próprio ritmo e tempo de evolução interna.Quando um tema, ou questão possa mover com a própria estabilidade, o mais acertado é ser humilde reconhecer a própria limitação naquele ínterim e encaminhar a outro profissional, evidenciando na comunicação com integridade, o que se passa, junto aquele que busca ajuda.

Em uma Jornada da Alma, onde a Roda da Vida, se dá, é preciso compreender que existem momento em que é necessário um recurso para entrar em contato com as emoções, em outro um recurso que o ajude a resignificar essas emoções, aprendendo a canalizar essa energia e liberá-la.Para aquele que inicia assim é, esse caminho.

Acompanho  caminheiros de muitos anos, que quando tocam em uma memória pela primeira vez, precisam muitas vezes de um conjunto de outras ferramentas, até que chegue o momento de amadurecimento, onde possa olhar com certa distancia a questão que o desafia, mantendo contato, interagindo e mantendo a consciência presente.

Uma Constelação é algo único, não se repete e pede por uma postura de respeito, que permita colocar a questão.
Serve a Alma Familiar, a luz a ser guiada está na orientação da força que atua, no sistema Familiar.
Então, oriento uma constelação como recurso poderoso, sempre que houver respeito a Família, quando for contribuir para a estabilidade amadurecimento e evolução do Ser que requer ajuda, servindo o maior número de pessoas da Alma Familiar, liberando a vida, o amor em direção ao mais.
Compartilho a orientação em Constelações, sempre que seja respeitado o simples, o essencial, onde o menos muitas vezes é mais..

Constelações Familiares:O que é?

Em simplicidade enquanto Sahwenya que sou, digo que as Constelações Familiares é uma oportunidade de elucidar questões decorrentes as relações familiares, desde a ancestralidade até as gerações futuras.

Como acontece a Orientação as Novas Constelações Familiares?

É uma Vivencia onde um tema de interesse comum, aborda as leis e Ordens do Amor, da Ajuda e da Vida.O Círculo é guiado a alguns exercícios que levem a cada um, a compreensão sentida, sobre o que foi anteriormente falado.Após algumas constelações ocorrem, aprofundando as percepções e entendimentos, do tema gerador.
Em certo momento, algumas histórias são compartilhadas Integre e assente-se o que auxiliará que levem para suas vidas, na ação, as novas percepções e consciências.

Todos são beneficiados igualmente de diferentes formas, as constelações podem ocorrer de forma orientada, de forma natural segundo o fluxo do movimento da alma abrangendo desde uma questão pessoal até planetária.

Iniciemos pelo simples, onde está o essencial, a questão é apresentada, algumas perguntas são respondidas, e a partir das informações compartilhadas, alguns representantes são convidados a participar da Dinâmica, representando os elementos do Sistema.

Quando consideramos que cada pessoa é um membro da Família,  os quais relacionam-se entre si, temos aqui, um Sistema.A forma com que se relacionam, a forma de fazerem as coisas, de se comportarem, reagirem frente as situações, refere-se a cultura do Sistema, seja ele familiar, organizacional, médico, jurídico, educacional.

Quando algo na cultura da família, da empresa, apresenta interrupções no fluxo da saúde, do prazer, da vida, do amor, prosperidade, abundancia, os resultados não expressam exito e sucesso, seja nos relacionamentos, no reconhecimento dos dons e talentos, na escolha vocacional, no exercício profissional, na capacidade gestora e empreendedora da própria vida, da família ou da empresa, significa que é preciso de ajuda, para encontrar uma nova forma de fazer as coisas, de forma que todos os membros envolvidos estejam em alinhamento com o mesmo propósito.

Para esse fim se destinam as Constelações, uma ferramenta potente, que proporciona o que denominamos de terapia rápida, levando luz a solução do que libera o fluxo do exito e do sucesso em sua vida nestes diferentes âmbitos.

Para que esse novo olhar seja integrado a Vida, é necessário que o que foi compreendido de forma sentida, durante a dinâmica seja levado para a prática na vida.

É Saudável levar consigo uma Boa Imagem, Interna e ordene, elabore consigo e a cada oportunidade na partilha da fala, dentro do Círculo que comunique de que forma você compreende poder levar a sua vida.De que forma essa força a qual entrou em contato encontra sua autorização para se expressar em sua prática diária da vida, em suas relações.

As Constelações são maravilhosas, nesse sentido pois tecem pontes para que a força, a vontade e a coragem, tal qual a segurança necessária para esta mudança, se faça.
Quanto maior o comprometimento, disciplina e constância, mias rápido e eficaz se dá a mudança.

Quanto a Orientação a Alma-Flor é Ser.

Para aquelas Pessoas que possuem delicadezas que solicitem um olhar amoroso e sutil, passo a passo, em profundidade seguindo a escuta da Alma, a Orientação da Alma proporciona uma ponte entre o visível e o invisível, entre o Campo Consciente e Inconsciente, que necessite do processo mais lento e de forma sutil, a Orientação a alma, ensina sobre como escutar a voz do próprio coração.

No Círculo Sahwenya escuta o Campo, e é tomada pela Onda do Movimento do Amor, o qual trás as memórias que são necessárias serem olhadas, seguindo sinais, pulsos, frequências sentidas em seu próprio corpo tudo o que passa pelo corpo do Organismo do Círculo, algumas percepções, imagens, Medicinas, Recursos, memórias, informações, recordações, sensações, sentimentos, movimentos e naturalmente o que precisa ser revelado o é.O que precisa ser acolhido, abençoado, agradecido, lamentado, aceito, concordado, confiado, amado, comprometido-reconhecido, liberado o é, seja pela suave respiração, seja por algumas palavras e ou imagens.

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                                       2-Sobre a Ética de Alma: Sahwenya Passuello.






Para aqueles que participam dos Ciclos de Cura e Círculos de Cura na Morada dos Avós:
Seja em uma Orientação a alma, seja nas Constelações ou Renascimento…
Dicas Preciosas:

O Silêncio após um encontro consigo em uma Orientação a Alma, uma Constelação, ou Renascimento é fundamental.

O que vivemos em um Círculo de Cura fica dentro do Círculo de cura, mãos com mãos, olhos aos olhos, coração ao coração.
O Silêncio, permite que os movimentos da alma operem a profundidade.Volte seus sentidos para o interior e permita escutar.

A fala já pede uma nova forma de ser expressa, para viver essa mudança na forma de expressão, é preciso escutar a voz do coração.Em sua ética de alma, não fale sobre o que viveu a outras pessoas, permita que os conteúdos tomem seu caminho natural e o entendimento, revele a aceitação, guiando a concordância em sua profundidade.

Testemunhe as novas compreensões atuando, em seus sonhos, em seu olhar e ganhe força, visão, movimento, levando um pequenino passo de transformação em sua vida.

3-Bibliografia de Bert Hellinger:






Bert Hellinger nasceu em 1925.

No panorama europeu é provavelmente um dos psicoterapeutas mais desafiantes e um dos autores mais lidos no âmbito da psicoterapia.
Antigo padre e missionário junto dos Zulus na África do Sul, foi educador, psicanalista, terapeuta corporal, terapeuta em dinâmica de grupos, terapeuta familiar – toda uma experiência de vida e sabedoria que se transmitem ao seu trabalho.
As constelações familiares, que se tornaram a marca da sua abordagem, e as suas observações acerca dos emaranhamentos sistémicos e a forma de os solucionar, tocaram a vida de milhares de pessoas e modificaram o modo como muitos profissionais da relação de ajuda conduzem o seu trabalho.
Bert Hellinger escreveu mais de 64 livros, traduzidos em mais de 25 línguas. O seu trabalho está documentado em numerosos CDs e DVDs.
Bert Hellinger afirma que os seus pais e a sua infância foram a principal influência no seu trabalho actual. A particular forma de fé praticada no seio da sua família terá imunizado os seus membros para não acreditarem nas ideias distorcidas do nacional-socialismo. Devido às repetidas ausências de Bert Hellinger às reuniões da “juventude hitleriana” e à sua participação numa organização ilegal de jovens católicos, terá sido classificado pela Gestapo como “suspeito de ser inimigo do povo”. Quis o destino que Bert Hellinger viesse a escapar da Gestapo, ao ter sido mobilizado. Com apenas 17 anos de idade tornou-se soldado, vivenciou as realidades do combate militar, da prisão, da derrota e da vida num campo de prisoneiros de guerra dos aliados, na Bélgica.
A segunda maior influência foi certamente o seu desejo de infância de se tornar padre. Com 20 anos de idade entrou numa ordem religiosa católica e iniciou o longo processo de purificação do corpo, da mente e do espírito, em regime de silêncio, estudo, contemplação e meditação. Foi para a África do Sul, onde permaneceu por 16 anos, como missionário junto do povo Zulu – uma experiência que teve um profundo efeito no seu trabalho ulterior. Neste país foi, em simultâneo, director de uma grande escola, professor e pároco. Com o tempo foi-se sentindo em casa entre os Zulus, tanto quanto a um Europeu isso é possível. O processo de abandono de uma cultura para viver noutra moldou a sua consciência acerca da relatividade de muitos valores culturais.
A participação de Hellinger numa formação inter-racial e ecuménica sobre dinâmica de grupos, conduzida por clérigos anglicanos, constitui-se como uma experiência de extrema influência. Teve a oportunidade de contactar com uma forma de trabalhar com grupos que valorizava o diálogo, a fenomenologia e a experiência humana individual. A sua decisão de deixar a ordem religiosa após 25 anos surgiu da compreensão de que ser padre tinha deixado de ser a expressão mais apropriada ao seu crescimento interior.
A psicanálise e a psicoterapia foram as grandes influências que se seguiram. Várias escolas terapêuticas deixaram uma marca na sua forma de trabalhar, somando-se à orientação fenomenológica/ dialógica da dinâmica de grupos aprendida dos anglicanos, à compreensão da necessidade fundamental dos seres humanos de se alinharem com as forças da natureza, que havia aprendido com os Zulus na África do Sul, à psicanálise que aprendeu em Viena e ao trabalho corporal aprendido na América.
Fez formação em terapia familiar com Ruth McClendon e Leslie Kadis, teve a oportunidade de trabalhar com Milton H. Erickson e outros. Para quem está familiarizado com os diversos tipos de psicoterapia, reconhecerá em todo este processo uma integração singular de diversos elementos. Na junção de abordagens poderosas, da psicoterapia e de outros paradigmas, criou uma abordagem curativa eficaz e única. Aprendeu ferramentas específicas de uma grande variedade de fontes, mas a força dominante no seu trabalho advém da sua apurada competência para escutar a autoridade da nossa própria alma. Segundo Hellinger, esta não é uma “técnica” garantida, mas é a única e verdadeira protecção que temos contra a sedução por uma falsa autoridade. Ver aquilo que é, em oposição a uma aceitação cega daquilo que se diz – não interessa por quem – é o fulcro do trabalho, frequentemente difícil, de curar indivíduos e comunidades, é o fulcro da vida de trabalho de Bert Hellinger.

   4-TREINAMENTO E APROFUNDAMENTO EM TÉCNICAS TRANSPESSOAIS
            (Possibilidade de Preparação para o CIT – Colégio Internacional dos Terapeutas).

Bases para a Prática das Constelações Familiares em atendimentos Individuais.

Introdução da Prática das Constelações Familiares na abordagem transpessoal com enfoque em atendimentos Individuais.
Durante esses 4 encontros, totalizando a carga horária de 32 horas, vamos buscar a história transgeracional de nossa Família, tendo como foco, o momento presente.
Reconhecendo onde nos encontramos em nossa Jornada do amadurecimento de nossa Psique, a fim de construirmos juntos o enfoque central, a necessidade do grupo e o centro de interesses temático que permitirá tecermos a Teia de ensino-aprendizagem e autoconhecimento desse presente treinamento, o que permitirá respeitar o tempo, o ritmo e a estabilidade do Individuo em seu processo de Individuação.
O Intuito é ofertar  Recursos terapêuticos que some a auxiliem na Orientação Individual com aporte no trabalho de Constelações Familiares.
Com Base no uso de Bonecos, ancoras e Orientação Visual, associando os fundamentos das leis e ordens da Ciência da Cura das Relações Humanas-Constelações Familiares:Amor e Ajuda.
A proposta é contar a nossa História de vida, com a voz do coração, tendo como aporte os recursos, as medicinas, as forças, dons, talentos originais dessa história.E inspirarmos aqueles que pedem ajuda, para aprenderem a empoderar-se de sua própria história.
“Para , a aprendizagem do Cuidar-se e Cuidar, do Servir-se e Servir, do Abençoar-se e Abençoar, oportunizando a aprendizagem do Caminhar na Palavra falada, aqui entra o enfoque transpessoal.”Sahwenya Passuello.
Inciamos nossos encontros, dedicando um tempo para aprender sobre o contexto com que nasceu essa abordagem de trabalho transgeracional, seguimos pesquisando e desenhando a origem de nossa própria história.
Pontuamos uma questão que seja importante elucidar, reconhecendo os diferentes campos que atuam na consciência, a partir dessas Memórias.Aprendemos a guiar o outro a reconhecer sua questão essencial e paralelamente desenhamos o Norte de nossos encontros.
Conceitos e Recursos:
Reconhecer e diferenciar o que são Sensações, Emoções, Sentimentos, Observação,Percepção,Intuição e  Testemunho diante de um Campo de Estudo em si mesmo e no outro.
Tendo como representantes a Pessoa, Bonecos, Ancoras e ou Imagens Internas.Aprender na prática, o que vem a ser a Postura Fenomenológica, inciando pelos exercícios de Percepção e partindo para a construção de um Sistema de Constelações.
Durante a Orientação a uma Constelação em atendimento Individual como se dá o acesso a essas informações, qual a postura, do profissional , a ética e respeito necessário nesse Servir.As possíveis formas de abordagens e perguntas que são pontuais e auxiliam ao interagente a entrar em contato com sua questão essencial.
A Leitura corporal e os sinais do campo pessoal como recurso da revelação dos pontos essenciais de cura da Alma Familiar.
Passos, leis e ordens que guiam as bases da organização dos elementos de um sistema.
A construção das frases que atuam, e estão alinhadas a força de cura nos Campos de Consciência Pessoal e Familiar.
As diferentes abordagens e distintos campos de atuação das Constelações Familiares.
Os pontos referenciais que guiam a escolha da abordagem mais adequada a cada ser que vem a busca de ajuda.
As Posturas por parte do Interagente que viabilizam a orientação e ou solicitam outra forma de ajuda a seu desenvolvimento em sua Jornada garantindo a eficácia das resoluções frente as  demandas do momento.
Viver a Orientação em atendimento Individual pela abordagem tradicional e pelo movimento da alma.
Compartilhar a Orientação em supervisão, pela abordagem tradicional e pelo movimento da Alma.
Trabalhando com os Movimentos Interrompidos do Amor:Traumas.
Aprender sobre como se dá o processo de cura e a preservação das bases, para a construção  estrutural interna d que se faça necessária ao Interagente, viabilizando o movimento completo, que antes estava interrompido.
Como faze-lo respeitando as Ordens do Amor, da Ajuda e da Vida segundo a Linha do Desenvolvimento Proximal da Aprendizagem, onde reconheceremos o tanto que caminhamos e o quanto sentimos ser necessário caminhar, bem como a forma com que nos sentimos com força maior para faze-lo.
As Constelações são compreendidas como um caminho de terapia rápida e pontual o qual revela, elucida e proporciona a possibilidade de entrar em contato com a força necessária ao Interagente, Constelando, a fim de que possa ativar o movimento da ação, colocando na prática, o novo olhar.
Para Pessoas cujas as memórias que estejam movendo em um nível profundo cuja a delicadeza se apresenta, vamos aprender um caminho de liberação de forças, recursos e medicinas que venham apoia-la a entrar em contato em ternura e doçura com o que é, essencial em seu processo de cura.
Para isso, as Ordens do Fluxo da Vida, sabedoria da Natural Medicina, apresentará as etapas em que um processo de transformação de uma Vicissitude.
E como essas Novas Virtudes  atuam como balsamos  nessas memórias delicadas, ofertando pontes, onde a força dos movimentos interrompidos(traumas) encontram espaço e caminho, retomando o fluxo da Vida.A essa Orientação que proporciona a Liberação e reprogramação de Memórias, para a Vivencia do Ser consigo e para a Orientação em atendimentos Individuais agregaremos as Constelações.
As Constelações associadas aos Campos de Liberação de Memória da Natural Medicina, estudo da Jornada Inciatica compartilhado por Sahwenya Passuello, como recursos que viabilizem um passo a mais,  a pessoas cujas delicadezas necessitem de uma orientação sutil que atue do nível inconsciente e gradativamente venha emergir ao consciente, tendo o tempo necessário para realizar as compreensões e entendimentos que a guiem a um novo olhar.
Reconhecer como se dá o processo de cura e transformação desde o Entendimento a Aceitação, desde a Concordância até a Integração, ao Assentamento, compreendendo o que vem a ser a   Consciência Sentida  e de que forma essa Consciência Sentida auxilia no processo de cura.
Vivenciar esses movimentos através dos Exercícios, Dinâmicas e ordenação dos Sistemas Familiares.
Essa é a Onda do Movimento desse treinamento, o qual poderá se aprofundar na medida e na dose possivel, preservando o propósito que nos reune, aprender a orientar as Bases das Constelações em atendimentos Individuais.
Como podemos observar nossa postura, enquanto orientadores, em relação aquele que é orientado em um Campo de Constelações-Estudos de Caso.
Sobre as Constelações:

As Constelações Familiares permitem olhar para as dinâmicas dos sistemas, seus suas “lealdades invisíveis” as quais formam vínculos inconscientes que atuam em uma dimensão além da consciência pessoal, seus efeitos são sentidos e vividos por todos os indivíduos pertencentes ao sistema.
O procedimento das Constelações Familiares no trabalho individual, oferta como possibilidade trabalhar com outros materiais de apoio (bonecos, ancoras, Imagens Internas, Visualizações, Meditação e Dinâmicas..etc…)

O trabalho permanece baseado na vivência imediata do campo fenomenológico e na estrutura sistêmica da família do cliente, seu clã, o atual e de seus antepassados.
Relações familiares de muitas gerações anteriores, histórias de fortalecimento e histórias de fragilidades e vulnerabilidades.

Indicado no trabalho do autoconhecer-se,  com casais, famílias, que estejam revivendo inconscientemente situações recorrentes e desafios que solicitem ajuda e a tomada de uma nova direção.
Através das imagens internas , o interagente será guiado a entrar em contato com as imagens Internas e   soluções baseadas nas “ORDENS DO AMOR” ,  “ORDENS DA AJUDA de Bert Helinger e, os sistemas podem resgatar  os movimentos de liberação em direção à uma vida mais plena:

     -O que estava oculto, é elucidado.  
    – Aquilo que antes se excluía, se reconhece mutuamente.
– Aquilo que estava em oposição,  entra em aceitação.
    – Aquilo que antes estava separado, se reconcilia.
   -O que estava estagnado ganha Movimento.
-Aquilo que estava interrompido se completa, e tudo é Concluído.

As antigas histórias ganham novos significados impulsionando para que sigam adiante, em direção a mais vida, mais amor, mais abundancia, mais exito na vida plena.
Aqui me coloco ao servir, para possíveis esclarecimentos e caso necessitem ordenar uma Síntese do que aqui coloquei sintam-se liberados.Amor, bençãos e sabedoria.


                                            5-Constelações em Grupo.


A Orientação das constelação em seu processo de Base segue o seguinte ordem:

 O terapeuta pede ao cliente, num grupo terapêutico ou de desenvolvimento pessoal, que posicione, de acordo com suas mútuas relações,pessoas significativas no tocante à questão ou necessidade apresentada por ele. São, por exemplo,pessoas mais íntimas de sua família de origem, a saber, ele próprio, seus pais e irmãos, às vezes apenas ele e seus pais ou ele e um sintoma que o incomoda. Para representar os personagens, o cliente escolhe certos participantes do grupo e os posiciona no recinto, d5e acordo com suas mútuas relações, sem fazer comentários. Ele deve fazer isso a partir de seu sentimento ou do “coração”, portanto, sem buscar justificativas, sem escolher um determinado período de sua vida, e sem imaginar determinadas cenas que vivenciou em sua família. Simplesmente se deixa conduzir por um impulso interno indiferenciado e por uma atitude amorosa. Normalmente é preciso haver clareza sobre quem representa uma determinada pessoa da família ou algum sintoma, como o “medo” ou alguma entidade abstrata, como o “segredo” ou a “morte”.

Eventualmente o terapeuta solicita ao cliente, no início do trabalho, informações sobre a história de
sua família, para sentir seu “peso anímico” e saber com que personagens poderá começar a
constelação.

 Quanto menos souberem os representantes, tanto mais convincente será para o cliente o
saber que partilharem na constelação. Contudo, via de regra, é apenas através de informações
essenciais que uma constelação recebe o impulso para sua condução.

 É surpreendente verificar que no decurso da constelação os representantes se guiam mais pelo que sentem do que pelas informações do cliente ou pelas suposições eventualmente levantadas pelo terapeuta.
Depois de posicionar os representantes, o cliente se senta. Após algum tempo de concentração, o
terapeuta pede aos representantes que comuniquem seus sentimentos, eventuais percepções e
sintomas corporais. Eventualmente pode pedir-lhes que expressem seus sentimentos apenas seguindo
seus impulsos de movimento ou então combina o movimento espontâneo dos representantes com
perguntas, depois de algum tempo.

Dessa maneira, o conhecimento que a alma do cliente tem sobre sua família e sobre as forças que nela
atuam toma-se visível e experimentável para o próprio cliente, o terapeuta e todos os participantes do
grupo.
O decisivo é que o movimento dos representantes, seja ele autônomo ou conduzido pelo
terapeuta, conduza, através da descoberta da dinâmica anímica da família, a um final que traga
liberação e alívio, a uma “imagem de solução”.

Quando estaciona o processo de descoberta no encaminhamento de uma solução o terapeuta intervém. Baseado nas informações anteriores, ele pode introduzir outras pessoas da família, por exemplo, os avós do cliente, ou uma ex-noiva de seu pai. A Práticas das Constelações Familiares – Bases e Procedimentos.

Ainda, a partir de novas informações levantadas junto ao cliente, pode ampliar a constelação
introduzindo outros representantes, por exemplo, uma tia que tenha morrido abandonada num asilo
psiquiátrico.

A constelação fica em paz quando, ultrapassando a dinâmica do destino, os membros da família ali
representados se reencontram com respeito e amor, os anteriormente excluídos são reintegrados e
cada um pode assumir o lugar que lhe compete.

Quando a dinâmica e o caminho da solução ficam claros, o cliente é muitas vezes introduzido
pessoalmente na constelação para sentir, em seu próprio lugar, o sistema reconciliado ou reordenado.
Frequentemente, além do movimento dos representantes com vistas ao futuro, as soluções demandam
ainda um ritual, por exemplo, uma reverência ou uma frase curta entre determinadas pessoas ou entre
o cliente e determinadas pessoas, principalmente seus pais, para que o movimento da alma em seu
conjunto possa ser levado a um bom termo e também para que fique claro para o cliente, através das
frases, o que mantem emaranhado ou liberado.

6-A Prática de Constelações, enquanto Formadora em atendimentos de grupo e atendimentos Individuais:

Estive pesquisando e estudando sobre as distintas abordagens que Bert se dedicou e o olhar que o guiou a buscar novas ferramentas em sua Jornada.
Pude testemunhar que o olhar sobre o momento presente e a responsabilidade pelo próprio processo é um ponto comum a todas elas, bem como a compreensão sobre o que faz parte do ser humano, o que vem a partir de suas relações sociais, e o que compõe seu comportamento e meios de reagir ao meio que vive, em suas relações.
Percebo que quando uniu esses saberes, com a visão fenomenológica, transcende a Análise e Interpretação, para o âmbito do testemunho, onde com poucas informações de fatos, e não da História de cada um, encontra os elementos para compor o sistema Inicial o qual guarda oculto o essencial, é na Postura alinhada a presença, que se dá o testemunho onde não há análise, e sim uma continua investigação as quais partem dos sinais e respostas estabelecidos pelo campo.
Ao Constelador não cabe defender, se opor ou mediar, apenas testemunhar e escutar os sinais do Campo, a fim de que se revele o que é a solução para a liberação do emaranhamento da questão apresentada.
Olhando mais atentamente, poderá ainda, apoiar aquele que não possui a clareza de sua questão, até que possa entrar em contato, com o aspecto da História, que mais guarda força, para que mantenha a sustentação ao desenrolar do Campo de Constelação.
A orientação busca a força, em informações as quais guardam uma ordem de sentimentos genuínos, pertinentes a questão que o campo revela.
Existem distintos Campos em que os movimentos ocultos atuam, desde a ordem pessoal, familiar, ancestral, planetário e cósmico.
As diferentes abordagens em Constelações foram nascendo pela demanda de transitar entre esses distintos campos de consciência.
Para transitar através desses distintos campos de consciência é pedido por diferentes momentos de amadurecimento da Psique Humana.
Indico que inciem pela abordagem tradicional, de forma que todos elementos e informações que atuam na organização do sistema em constelações, sejam conscientes e claros a pessoa ou grupo que esteja vivenciando a Constelação.
Pontualmente, afirmo que trata-se de partir de alguns dados e não de um enredo da História pessoal, onde o passo a passo, se dá através de perguntas, da leitura corporal, dos sinais do campo ou seja, das pessoas que estão representando e que revelam o próximo movimento necessário, assim, unindo a investigação com a Percepção ampla do Sitema e dos personagens representados principais, seguimos enquanto testemunhas do desenrolar da questão, até que o essencial, a resposta, o que precisava ser aceito, reconhecido, estabelecer contato, ser incluído, reconciliado, se dê, por orientação da fala de pequenos movimentos e frases de cura, as quais, na medida que são expressas podem revelar seu efeito, e quando não, guia o constelador a buscar uma nova e distinta forma, até que todos, respondam dentro do possivel ao campo, e a realidade que ali está, expresse através dos movimentos corporais, do olhar, da respiração, que estejam aliviados e em paz.
Naturalmente, todos que estão alinhados empaticamente ao Campo, sentirão o alívio, consequência da liberação do conteúdo emocional da memória.
Quanto, recebemos em atendimento Individual e ou em Grupo, uma questão que envolve um trauma delicado, muitas vezes necessitamos buscar por pontes, as quais são estabelecidas por outras terapias e dinâmicas transpessoais, a fim de que viabilize trabalhar questões transgeracionais, respeitando a estabilidade da Psiquê, conferindo apoia a ordenação da estrutura interna, gradativamente, para que preservemos as Bases do Constelando e ou do grupo que constela.
No atendimento em Grupo, hoje compreendo que a alma Familiar de um grupo, quando toma forma, possui pontos comuns e todas as dinâmicas ofertadas, temas abordados estão interligados, assim cada passo dado em uma Vivencia em Novas Constelações,confere a cura a todos.
Assim como as delicadezas, traumas os quais somatizaram emoções que enquanto encontram-se a nível de Catarses e associadas a projeções e ou transferências, pedem distintas abordagens.
Oriento que as pessoas que guardam consigo traumas, os quais a guiam a movimentos recorrentes, que tratem a Psique e dissociações através da Psicologia Cognitiva e aos casos mais aprofundados que afetam a qualidade de vida, por exemplo, impedindo de frequentar lugares com muitas pessoas, manter-se em um trabalho com contancia e estabilidade, relacionar-se, mantendo um grupo de amigos e de atividades sociais, e ou consiga movimentar-se e deslocar-se de um lugar ao outro com autonomia e surtos recorrentes, ausências da consciência, medos ou fobias que ofertem obstáculos que requeiram grande energia para serem ultrapassados, indico que busquem ajuda de um Psiquiatra.
A partir dessa Percepção que aqui compartilho, fica claro que as Constelações colaboram em casos de Psiques estáveis, e com amadurecimento psicológico, que permita manter-se em contato com os sentimentos primários e não os secundários e ou adotados, que normalmente encontra-se o drama.
O Testemunho de diferentes e numerosos casos, é possivel pontuar, que as Constelações Familiares, auxilia de forma rápida e eficaz, toda a vez que a questão a ser constelada é consciente e que aquele que está apresentando a questão não realize jogos com o Constelador, em sua postura, tão menos se coloque na posição que requeira algo, projetando emoções de raiva frente a sua família, na hora de solicita-la.
As Constelações auxiliam a revelar questões ocultas, que nutrem situações recorrentes na vida humana, abrem portas para que se dê uma amadurecimento da psique humana e da espiritualidade.
Outro caso, onde a ajuda, pede por reflexão, é quando uma pessoa diz saber o que precisa, coloca a questão projetando raiva aos seus Pais, muitos ajudantes, aqui podem buscar um caminho para traze-lo a consciência e guiá-lo a se colocar de forma respeitosa, aqui, oriento que em muitos casos, esta postura indica que a pessoa que ali está, guarda um trauma de grande delicadeza, e que serão necessárias outras dinâmicas de cura, até que consiga amadurecer as estruturas internas e se veja em condições de trabalhar com o que é, com respeito e maturidade.
Durante as Vivências, um Tema é aprofundado, para o entendimento da Mente sobre as Leis e Ordens, os mecanismos que envolvem o estudo e a aplicação das Constelações Familiares.
Em segundo Momento são ofertados exercícios de percepção dos campos de memórias, de cada participante, onde todos são convidados e livres a participar.Para sua Compreensão com o Corpo das bases que fundamentam a Vivencia e no que toca a si mesmo.
Momento para trocas, entendimentos, o compartilhar, esclarecer e alinhar até o momento o entendimento na mente, no corpo, no coração, na cosciencia.
Pontuando os temas que tocam a todas as Almas familiares, algumas constelações são realizadas.
Seguidas de uma Meditação a qual guie ao entendimento em todos os níveis, internos da Vivencia, em relação a sua Alma Familiar.
Quando a Pessoa ou grupo, vivenciam as Constelações, pedimos que mantenham a última imagem que dessa vivencia emergiu.
Como um presente precioso e a cultive, através de imagens internas, palavras, frases de curas faladas diariamente e ou através de canções que façam emergir o mesmo sentimento, força e poder de cura tomados, na finalização da Constelação.
Que preserve a Solução e ocupe seus pensamentos, sentimentos, fala, comportamentos, e atitudes alinhando-se a essa nova Imagem, de uma questão que muito tempo compreendia de forma distinta e agora recebe um novo olhar.
Quando o oculto se revela, após alguns minutos, aguardado é, para que assimilem esse movimento final, que encontre espaço para o assentamento da vivencia e que a própria alma encontre o caminho para ajudar o próprio ser a tornar consciente e curativo o que foi vivenciado.
A Constelação é uma terapia rápida, com inicio, meio e fim em um atendimento, muitas vezes.Quando o orientando está em atendimentos para autoconhecer-se e ou em acompanhamento psicoterapêutico e ou em Orientação a alma é produtivo, inciar pela investigação através de dinâmicas que envolvem o campo das constelações e que não tenham como proposito chegar a uma solução e sim a uma percepção.
Uma sugestão de caminho:
Oriento que investigue a estruturação e ordenação da evolução dos Círculos do Amor, que Bert referenciou como o campo em que se dá a evolução das relações Humanas, desde sua fecundação, gestação, nascimento, com a Mãe, com a vida( convívio familiar, escolar, profissional) com o mundo.
Incluo ainda a estas esferas em uma visão transpessoal, a relação com a Origem da Alma, e a relação da alma com o corpo físico.
Neste olhar, testemunhamos as crenças pessoais de cada um em sua Jornada, os padrões que nutrem sua forma de ser e a cultura a qual pertence.
Nesta Cultura encontramos sua Origem étnica, familiar e social agregados ao seu Caráter e Personalidade.
As dinâmicas de Percepções em Constelações, permitem ver o que é sem querer mudar, incluir nada.
Aprender a ver o que é e responsabilizar-se pelo próprio processo e construir as frases de boas percepções, estimulam ao orientando a ordenar internamente, elaborando sua percepção o capacitando a expressar-se, comunicando uma nova forma de olhar a questão, aprendendo a construir frases que expressam a cura em sua profundidade.
Aprender a representar e não intervir nos dados que são expressos, operam o aprendizado de distanciar-se da identificação emocional, conferindo o amadurecimento na capacidade de se colocar no lugar do outro sem adotar as emoções.
E mais adiante, esta postura vai colaborar na aprendizagem da Compaixão.
Enquanto Orientador, Terapeuta transpessoal, é uma oportunidade de perceber as esferas com que  foram  nutridas em amor e vida, esses Círculos do Amor e a que Esferas  pedem por ajuda, pois apresentam movimentos interrompidos, onde o amor e a vida não pode chegar.
Esta é um caminho de pontualmente chegar ao essêncial e juntos compor o tempo e o rítmo com que sentem em caminhar ao encontro da cura do que é essencial em seu Ciclo de Cura.
Fica, aqui, ressaltado que o momento em que o orientando chega ao atendimento, consigo guarda algo bem pontual que poderá ser um rico conteúdo de aprofundamento em seu autoconhecimento.
Partindo do ponto essencial, cuja a força guarda o oculto, o orientador poderá propor algumas percepções que atuarão enquanto anamnese do momento em que se encontra na ordenação de suas relações e o que pede, um primeiro olhar.
Esse é o ponto, onde estabelecido é, a Onda de um Ciclo de Cura, guiando ao orientando transitar em diferentes espaços de seu ser de forma integral e saudável.Revelando os pontos essenciais que desenham a Teia de sua Jornada de Cura.

                                        7-As ordens do amor


Todos temos uma consciência pessoal, a qual percebemos como “leve” ou “pesada”.
Sentimos essa consciência avaliar nossos atos. Muitos julgam inclusive ser essa consciência o juiz do “certo” e do “errado”.
Esse é um engano muito comum.
Nossa consciência pessoal nada tem a ver diretamente com o certo ou o errado.
Ela se guia por outros princípios, que podem ou não estar ligados ao que é denominado de moralmente “certo” ou “errado”.
A descoberta desses princípios por Anton Hellinger descortinou um universo de percepções sobre a natureza de nossos relacionamentos familiares e por extensão, a todos os demais grupos aos quais cada ser humano está ligado.
Investigando a forma como cada um se sentia muitas vezes inocente (ou de consciência “leve”) mesmo cometendo atos agressivos, violentos e que prejudicavam a si e a outros, Hellinger percebeu que a consciência pessoal se liga a três princípios, a saber:
• Um princípio vinculador, que estabelece o pertencimento ao grupo
• Um princípio de equilíbrio nas trocas, entre o dar e o receber
• Um princípio de ordem ou hierarquia dentro do grupo
Nos sistemas familiares, quando alguém faz algo que ameaça seu pertencimento ao grupo sente imediatamente a consciência “pesada”. Por exemplo, se alguém se depara com o fato de estar saudável, mas todos os membros de seu grupo familiar estiverem muito doentes, vai se sentir “culpado”. Ou um membro de uma família de criminosos, sente-se “culpado” se não comete ele também algum delito. Estranho, não é? Especialmente estranho, porque nesses casos, essas pessoas se sentiriam “inocentes” – ou de consciência leve – fazendo coisas que no primeiro caso (adoecer junto com os demais membros da família) seria uma coisa “ruim” e no segundo (não cometer nenhum delito) seria uma coisa “boa”.
Seguindo os dois princípios seguintes, podemos perceber que quando recebemos algo bom, sentimos uma pressão interna para retribuir, o que é na verdade uma forma de consciência pesada, percebida como dívida. No caso da ordem, se temos que agir de forma a repreender alguém que está acima de nós na hierarquia, percebemos isso como algo que nos deixa “de saia justa” – por outro lado, se o fazemos com um subordinado, isso não nos pesa tanto.
Mas Hellinger ainda descobriu um outro fato surpreendente e que na maior parte do tempo nos escapa da percepção. Ele descobriu a existência de uma consciência grupal comum que atua sobre um grupo bem delimitado de pessoas de cada grupo familiar.
Esse grupo é guiado por essa consciência de forma que só podemos perceber a existência dela através de seus efeitos. Nós não a percebemos como “leve” ou “pesada” da mesma forma como percebemos a consciência pessoal. Essa consciência grupal também se guia pelos mesmos princípios anteriormente citados, mas de forma diferente. Podemos explicar isso de forma simples assim:
• Em relação ao vínculo, a consciência grupal não permite que qualquer membro do grupo seja esquecido, expulso ou excluído sem exigir uma compensação. Caso ocorra, ela vai exigir que um descendente que vem mais tarde (e que frequentemente nada sabe ou nem mesmo participou do fato) repita o destino do excluído ou aja de forma similar a ele (sem o saber).
• Em relação ao equilíbrio, essa consciência exige uma compensação adequada para o que foi dado e recebido. Se alguém recebe demais e não equilibra isso, então um descendente tem a propensão de fazê-lo em seu lugar.
• Em relação à ordem, essa consciência não admite a interferência dos pequenos nos assuntos dos maiores, sob pena de os primeiros se sentirem (sem perceber) tentados a expiar sua interferência através do fracasso, da doença e de destinos difíceis.
Dito isso, fica então muitas vezes claro que alguém, agindo de “boa consciência”, frequentemente por amor, infringe as regras da consciência de grupo, chamada por Hellinger de consciência arcaica ou também de “alma” (não no sentido religioso, mas no sentido latino da palavra, “aquilo que empresta movimento a algo”). Ao faze-lo sobrevém então os efeitos desastrosos, seja para si, ou mais frequentemente para seus descendentes. Hellinger denominou esses princípios de “Ordens do Amor”. Pois eles atuam através do amor profundo entre descendentes e antepassados. Hoje, denominamos “Leis Naturais do Amor”, pois na verdade é uma lei da natureza, assim como a gravidade. Elas atuam independente do nosso conhecimento, concordância, opinião etc.
Suas percepções abriram também as portas para aquilo que as vezes permite a solução entre tais desordens, através de um amor mais amplo, consciente, que ultrapassa os limites restritos da consciência pessoal.
É nesse âmbito que se desenvolvem as Constelações Familiares, buscando restaurar a harmonia entre as ordens do amor dentro de cada grupo familiar.
Isso torna então muitas vezes compreensível o comportamento de cada membro familiar, bem como encontra uma saída para a expressão de seu amor.

8-Ordens da Ajuda.




Die Ordnungen des Helfens
As Ordens de Ajudar
1. Ajuda, ajudante
Tradução: Newton A. Queiroz
As Ordens do Ajudar, que prefiro traduzir por As Ordens da Ajuda, por ser mais consoante com nosso uso.
Assim, deve-se entender por ajuda, no presente texto, principalmente a maneira de ajudar e a atitude de quem presta ajuda. Quem presta ajuda – no mais das vezes, profissionalmente – é o que Hellinger denomina “der Helfer”, e que traduzimos literalmente, na falta de termo melhor, por “o ajudante”. Nesta categoria estão compreendidos principalmente os que profissionalmente prestam assistência a outras pessoas (o médico, o terapeuta, o assistente social, o sacerdote…), como também aqueles que o fazem voluntariamente, em caráter não profissional.
2. Ordens
As “ordens”, no sentido típico de Bert Hellinger, são as leis, princípios ou ordenações básicas preestabelecidas, que devem presidir nossos comportamentos. Assim, as “ordens do amor” são as leis que devem presidir nossos relacionamentos, para que o amor seja bem sucedido, e cujo desconhecimento ou desrespeito pode ocasionar conseqüências funestas.
No presente texto, Bert Hellinger fala das ordens que devem presidir toda iniciativa de levar ajuda ao próximo e, de modo especial, a ação com objetivo ou efeito terapêutico.
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A ajuda é uma arte. Como toda arte, envolve uma capacidade que pode ser aprendida e praticada. E envolve empatia em relação ao objeto, a saber, a compreensão do que corresponde a esse objeto e, simultaneamente, daquilo que o eleva, por assim dizer, acima de si mesmo, em algo mais abrangente.
Ajuda como compensação
Nós, seres humanos, dependemos, sob todos os aspectos, da ajuda dos outros, como condição de nosso desenvolvimento. Ao mesmo tempo, precisamos também de ajudar outras pessoas. Aquele de quem não se necessita, aquele que não pode ajudar outros, fica só e se atrofia. O ato de ajudar serve, portanto, não apenas aos outros, mas também a nós mesmos. Via de regra, a ajuda é um processo recíproco, por exemplo, entre parceiros. Ela se ordena pela necessidade de compensar. Quem recebeu de outros o que deseja e precisa, também quer dar algo, por sua vez, compensando a ajuda.
Muitas vezes, a compensação que podemos fazer através da retribuição é limitada. Isso ocorre, por exemplo, em relação a nossos pais. O que eles nos deram é excessivamente grande, para que o possamos compensar dando-lhes algo em troca. Só nos resta, em relação a eles, o reconhecimento pelo que nos deram e o agradecimento que vem do coração. A compensação pela doação, com o alívio que dela resulta, só se consegue, nesse caso, repassando essa dádiva a outras pessoas: por exemplo, aos próprios filhos.
Portanto, o processo de tomar e de dar se processa em dois diferentes patamares. O primeiro, que ocorre entre pessoas equiparadas, permanece no mesmo nível e exige reciprocidade. O outro, entre pais e filhos, ou entre pessoas em condição superior e pessoas necessitadas, envolve um desnível. Tomar e dar se assemelham aqui a um rio, que leva adiante o que recebe em si. Essa forma de tomar e dar é maior, e tem em vista também o que virá depois. Nesse modo de ajudar, o que foi doado se expande. Aquele que ajuda é tomado e ligado a uma realização maior, mais rica e mais duradoura.
Esse tipo de ajuda pressupõe que nós próprios tenhamos primeiro recebido e tomado. Pois só então sentimos a necessidade e temos a força para ajudar a outros, especialmente quando essa ajuda exige muito de nós. Ao mesmo tempo, ela parte do pressuposto de que as pessoas a quem queremos ajudar também necessitam e desejam o que podemos e queremos dar a elas. Caso contrário, nossa ajuda se perde no vazio. Então ela separa, ao invés de unir.
A primeira ordem da ajuda
As ordens da ajuda Imprimir E-mail
Escrito por Bert Hellinger
Uma síntese ampliada
(Maio, 2003)
Tradução: Newton A. Queiroz
Setembro de 2003
A primeira ordem da ajuda consiste, portanto, em dar apenas o que temos, e em esperar e tomar somente aquilo de que necessitamos. A primeira desordem da ajuda começa quando uma pessoa quer dar o que não tem, e a outra quer tomar algo de que não precisa; ou quando uma espera e exige da outra algo que ela não pode dar, porque não tem. Há desordem também quando uma pessoa não tem o direito de dar algo, porque com isso tiraria da outra pessoa algo que somente ela pode ou deve carregar, ou que somente ela tem a capacidade e o direito de fazer. Assim, o dar e o tomar estão sujeitos a limites, e pertence à arte da ajuda percebê-los e respeitá-los.
Essa ajuda é humilde, e muitas vezes, em face da expectativa e da dor, ela renuncia a agir. O trabalho com as constelações familiares coloca diante de nossos olhos o que deve exigir quem ajuda, tanto de si mesmo quanto da pessoa que busca ajuda. Essa humildade e essa renúncia contradizem muitas concepções usuais sobre a correta maneira de ajudar, e freqüentemente expõem o ajudante a graves acusações e ataques.
A segunda ordem da ajuda
A ajuda está a serviço da sobrevivência, por um lado, e da evolução e do crescimento, por outro. Todavia, a sobrevivência, a evolução e o crescimento também dependem de circunstâncias especiais, tanto externas quanto internas. Muitas circunstâncias externas são preestabelecidas e não são modificáveis: por exemplo, uma doença hereditária, as conseqüências de acontecimentos ou de uma culpa. Quando a ajuda deixa de considerar as circunstâncias externas ou se recusa a admiti-las, ela se condena ao fracasso. Isto vale, com maior razão, para as circunstâncias internas. Elas incluem a missão pessoal particular, o envolvimento nos destinos de outros membros da família, e o amor cego que, sob o influxo da consciência, permanece vinculado ao pensamento mágico. O que isso significa em casos particulares eu expus exaustivamente em meu livro “ Ordens do Amor”, no capítulo “Do céu que faz adoecer, e da terra que cura”.
Para muitos ajudantes, o destino da outra pessoa pode parecer difícil, e gostariam de modificá-lo; não, porém, muitas vezes, porque o outro o necessite ou deseje, mas porque os próprios ajudantes dificilmente suportam esse destino. E quando o outro, não obstante, se deixa ajudar por eles, não é tanto porque precise disso, mas porque deseja ajudar o ajudante. Então, quem ajuda realmente está tomando, e quem recebe a ajuda se transforma em doador.
A segunda ordem da ajuda é, portanto, que ela se amolde às circunstancias e só intervenha com apoio na medida em que elas o permitem. Essa ajuda mantém reserva e possui força. Há desordem da ajuda, neste caso, quando o ajudante nega as circunstâncias ou as encobre, ao invés de encará-las, juntamente com a pessoa que busca a ajuda. Querer ajudar contra as circunstâncias enfraquece tanto o ajudante quanto a pessoa que espera ajuda ou a quem ela é oferecida ou mesmo imposta.
O protótipo da ajuda
O protótipo da ajuda é a relação entre pais e filhos e, principalmente, a relação entre a mãe e o filho. Os pais dão, os filhos tomam. Os pais são grandes, superiores e ricos, ao passo que os filhos são pequenos, necessitados e pobres. Contudo, porque os pais e os filhos são ligados entre si por um profundo amor, o dar e o tomar entre eles pode ser quase ilimitado. Os filhos podem esperar quase tudo de seus pais. E os pais estão dispostos a dar quase tudo a seus filhos. Na relação entre pais e filhos, as expectativas dos filhos e a disposição dos pais para atendê-las são necessárias; portanto, estão em ordem.
Contudo, elas só estão em ordem enquanto os filhos ainda são pequenos. Com o avançar da idade, os pais vão impondo aos filhos, em escala crescente, limites com os quais eles eventualmente se atritam e podem amadurecer. Estarão sendo os pais, nesse caso, menos bondosos para com seus filhos? Seriam pais melhores se não colocassem limites? Ou, pelo contrário, eles se manifestam como bons pais justamente ao exigirem de seus filhos algo que também os prepara para uma vida de adultos? Muitos filhos ficam então com raiva de seus pais, porque preferem manter a dependência original. Contudo, justamente porque os pais se retraem e desiludem essas expectativas, eles ajudam seus filhos a se livrarem dessa dependência e, passo a passo, a agirem por própria responsabilidade. Só assim os filhos tomam o seu lugar no mundo dos adultos e se transformam de tomadores em doadores.
A terceira ordem da ajuda
Muitos ajudantes, por exemplo, na psicoterapia e no trabalho social, acham que precisam ajudar os que lhes pedem ajuda, da mesma forma como os pais ajudam seus filhos pequenos. Inversamente, muitos que buscam ajuda esperam que os ajudantes se dediquem a eles como os pais se dedicam a seus filhos, no intuito de receber deles, tardiamente, o que esperam e exigem dos próprios pais.
O que acontece quando os ajudantes correspondem a essas expectativas? Eles se envolvem numa longa relação. Aonde leva essa relação? Os ajudantes ficam na mesma situação dos pais, em cujo lugar se colocaram com essa vontade de ajudar.
Passo a passo, eles precisam impor limites aos que buscam ajuda, decepcionando-os. Então estes desenvolvem freqüentemente, em relação aos ajudantes, os mesmos sentimentos que tinham antes em relação a seus pais. Assim, os ajudantes que se colocaram no lugar dos pais, querendo mesmo, talvez, ser pais melhores, tornam-se, para os clientes, iguais aos pais deles. Porém muitos ajudantes permanecem presos na transferência e na contratransferência da relação entre filho e pais. Com isso, dificultam ao cliente a despedida, tanto de seus pais quanto dos próprios ajudantes. Ao mesmo tempo, uma relação segundo o modelo da transferência entre pais e filhos impede também o desenvolvimento pessoal e o amadurecimento do ajudante.
Vou ilustrar isso com um exemplo:
Quando um homem jovem se casa com uma mulher mais velha, ocorre a muitos a imagem de que ele procura um substitutivo para sua mãe. E o que procura ela? Um substitutivo para seu pai. Inversamente, quando um homem mais velho se casa com uma moça mais jovem, muitos dizem que ela procurou um pai. E ele? Procurou uma substituta para sua mãe. Assim, por estranho que soe, quem se obstina por muito tempo numa posição superior e mesmo a procura e quer manter, recusa-se a assumir seu lugar entre adultos equiparados.
Existem, porém, situações, em que convém que, por algum tempo, o ajudante represente os pais: por exemplo, quando um movimento amoroso precocemente interrompido precisa ser levado a seu termo. Contudo, diferentemente da transferência da relação entre pais e filhos, o ajudante apenas representa aqui os pais reais. Ele não se coloca em lugar deles, como se fosse uma mãe melhor ou um pai melhor. Por esta razão, também não é preciso que o cliente se desprenda do ajudante, pois este o leva a afastar-se dele e a voltar-se para os próprios pais. Então o ajudante e cliente se liberam mutuamente.
Mediante a adoção desse padrão de sintonia com os pais verdadeiros, o ajudante frustra, desde o início, a transferência da relação entre os pais e o filho. Pois, quando respeita em seu coração os pais do cliente, e fica em sintonia com esses pais e seus destinos, o cliente encontra nele os seus pais, dos quais já não pode esquivar-se. A mesma coisa vale quando o ajudante precisa lidar com crianças ou deficientes físicos. Na medida em que ele apenas representa os pais, e não se coloca em seu lugar, os clientes podem sentir-se em segurança com ele.
A terceira ordem da ajuda seria, portanto, que, diante de um adulto que procura ajuda, o ajudante se coloque igualmente como um adulto. Com isso, ele recusa as tentativas do cliente para fazê-lo assumir o papel dos pais. É compreensível que essa atitude do ajudante seja sentida e criticada, por muitas pessoas, como dureza. Paradoxalmente, essa “dureza” é criticada por muitos como arrogância. Quem olha bem, vê que a arrogância consistiria antes no envolvimento do ajudante numa transferência da relação entre pais e filho.
A desordem da ajuda consiste aqui em permitir a um adulto que faça ao ajudante as exigências de um filho a seus pais, para que o trate como criança e o poupe de algo pelo qual somente o cliente pode e deve carregar a responsabilidade e as conseqüências. É o reconhecimento dessa terceira ordem da ajuda que constitui a mais profunda diferença entre o trabalho das constelações familiares e psicoterapia habitual.
A quarta ordem da ajuda
Sob a influência da psicoterapia clássica, muitos ajudantes freqüentemente encaram seu cliente como um indivíduo isolado. Com isso, também se expõem facilmente ao risco de assumirem a transferência da relação entre pais e filho. Contudo, o indivíduo é parte de uma família. Somente quando o ajudante o percebe assim é que ele percebe de quem o cliente precisa, e a quem ele possivelmente está devendo algo.
O ajudante realmente percebe o cliente a partir do momento em que o vê junto com seus pais e antepassados, e talvez também junto com seu parceiro e com seus filhos. Então ele percebe quem, nessa família, precisa principalmente de sua atenção e de sua ajuda, e a quem o cliente precisa dirigir-se para reconhecer os passos decisivos e levá-los a termo. Isto significa que a empatia do ajudante precisa ser menos pessoal e – principalmente – mais sistêmica. Ele não se envolve num relacionamento pessoal com o cliente. Esta é a quarta ordem da ajuda.
A desordem da ajuda, neste caso, consistiria em não contemplar nem honrar outras pessoas essenciais, que teriam em suas mãos, por assim dizer, a chave da solução. Incluem-se entre elas, sobretudo, aquelas que foram excluídas da família, por exemplo, porque os outros se envergonharam delas.
Também aqui é grande o perigo de que essa empatia sistêmica seja sentida como dureza pelo cliente, sobretudo por aqueles que fazem reivindicações infantis ao ajudante. Pelo contrário, aquele que busca a solução, de maneira adulta, sente esse enfoque sistêmico como uma liberação e uma fonte de força.
A quinta ordem da ajuda
O trabalho da constelação familiar aproxima o que antes estava separado. Nesse sentido, ele está a serviço da reconciliação, sobretudo com os pais. O que impede essa reconciliação é a distinção entre bons e maus membros da família, tal como é feita por muitos ajudantes, sob o influxo de sua consciência e de uma opinião pública presa nos limites dessa consciência. Por exemplo, quando um cliente se queixa de seus pais, das circunstâncias de sua vida ou de seu destino, e quando um ajudante se associa à visão desse cliente, ele serve mais ao conflito e à separação do que à reconciliação. Portanto, alguém só pode ajudar, no sentido da reconciliação, quando imediatamente dá um lugar em sua alma à pessoa de quem o cliente se queixa. Assim, o ajudante antecipa na própria alma o que o cliente ainda precisa realizar na sua.
A quinta ordem da ajuda é portanto o amor a cada pessoa como ela é, por mais que ela seja diferente de mim. Dessa maneira, o ajudante abre a essa pessoa o seu coração, de modo que ela se torna parte dele. Aquilo que se reconciliou em seu coração também pode reconciliar-se no sistema do cliente. A desordem da ajuda seria aqui o julgamento sobre outros, que geralmente é uma condenação, e a indignação moral associada a isso. Quem realmente ajuda, não julga.
A percepção especial
Para poder agir de acordo com as ordens da ajuda, não é preciso qualquer percepção especial. O que eu disse aqui sobre as ordens da ajuda não deve ser aplicado de forma precisa e metódica. Quem tentar isso estará pensando, ao invés de perceber. Ele reflete e recorre a experiências anteriores, em vez de se expor á situação como um todo e apreender dela o essencial. Por isso, essa percepção envolve ambos os aspectos: ela é simultaneamente direcionada e reservada. Nessa percepção, eu me direciono a uma pessoa, porém sem querer algo determinado, a não ser percebê-la interiormente, de uma forma abrangente, e com vistas ao próximo ato que se fizer necessário.
Essa percepção surge do centramento. Nela, eu abandono o nível das ponderações, dos propósitos, das distinções e dos medos, e me abro para algo que me move imediatamente, a partir do interior. Aquele que, como representante numa constelação, já se entregou aos movimentos da alma e foi dirigido e impelido por eles de uma forma totalmente surpreendente, sabe de que estou falando. Ele percebe algo que, para além de suas idéias habituais, o torna capaz de ter movimentos precisos, imagens internas, vozes interiores e sensações inabituais.
Esses movimentos o dirigem, por assim dizer, de fora, e simultaneamente de dentro. Perceber e agir acontecem aqui em conjunto. Essa percepção é, portanto, menos receptiva e reprodutiva. Ela é produtiva; leva à ação, e se amplia e aprofunda no agir.
A ajuda que decorre dessa percepção é geralmente de curta duração. Ela fica no essencial, mostra o próximo passo a fazer, retira-se rapidamente e despede o outro imediatamente em sua liberdade. É uma ajuda de passagem. Há um encontro, uma indicação, e cada um volta a trilhar o próprio caminho. Essa percepção reconhece quando a ajuda é conveniente e quando seria antes danosa. Reconhece quando a ajuda coloca tutela ao invés de promover, e quando serve para remediar antes a própria necessidade do que a do outro. E ela é modesta.
Observação, percepção, compreensão, intuição, sintonia
Talvez seja útil descrever aqui ainda as diferentes formas de conhecimento, para que, quando ajudamos, possamos recorrer ao maior número delas que for possível, e escolher entre elas. Começo pela observação.
A observação é aguda e precisa, e tem em vista os detalhes. Como é tão exata, é também limitada. Escapa-lhe o entorno, tanto o mais próximo quando o mais distante. Pelo fato de ser tão exata, ela é próxima, incisiva, invasiva e, de certa maneira, impiedosa e agressiva. Ela é condição para a ciência exata e para a técnica moderna decorrente dela.
A percepção é distanciada. Ela precisa da distância. Ela percebe simultaneamente várias coisas, olha em conjunto, ganha uma impressão do todo, vê os detalhes em seu entorno e em seu lugar. Contudo, é imprecisa no que toca aos detalhes. Este é um dos lados da percepção. O outro lado é que ela entende o observado e o percebido. Ela entende o significado de uma coisa ou de um processo observação e percebido. Ela vê, por assim dizer, por trás do observado e do percebido, entende o seu sentido. Acrescenta, portanto, à observação e à percepção externa uma compreensão.
A compreensão pressupõe observação e percepção. Sem observação e percepção, também não existe compreensão. E vice-versa: sem compreensão, o observado e percebido permanece sem relação. Observação, percepção e compreensão compõem um todo. Somente quando atuam em conjunto é que percebemos de uma forma que nos permite agir de forma significativa e, principalmente, também ajudar de uma forma significativa.
Na execução e na ação, freqüentemente aparece ainda um quarto elemento: a intuição. Ela tem afinidade com a compreensão, assemelha-se a ela, mas não é a mesma coisa. A intuição é a compreensão súbita do próximo passo a dar. A compreensão é muitas vezes geral, entende todo o contexto e todo o processo. A intuição, em contraposição, reconhece o próximo passo e, por isso, é exata. Portanto, a relação entre a intuição e a compreensão é semelhante à relação entre a observação e a percepção.
Sintonia é uma percepção a partir do interior, num sentido amplo. Como a intuição, ela também se direciona para a ação, principalmente para a ação de ajuda. A sintonia exige que eu entre na mesma vibração do outro, alcance a mesma faixa de onda, sintonize com ele e o entenda assim. Para entendê-lo, também preciso ficar em sintonia com sua origem, principalmente com seus pais, mas também com seu destino, suas possibilidades, seus limites, e também com as conseqüências de seu comportamento e de sua culpa; e, finalmente, com sua morte.
Ficando em sintonia, eu me despeço, portanto, de minhas intenções, de meu juízo, de meu superego e de suas exigências sobre o que eu devo e preciso ser. Isso quer dizer: fico em sintonia comigo mesmo, da mesma forma que com o outro. Dessa maneira, o outro também pode ficar em sintonia comigo, sem se perder, sem precisar temer-me. Da mesma forma, também posso ficar em sintonia com ele permanecendo em mim mesmo. Não me entrego a ele, mas mantenho distancia na sintonia. Com isso, ao ajudá-lo, posso perceber exatamente o que posso fazer e o que tenho o direito de fazer. Por esta razão, a sintonia é também passageira. Ela dura apenas enquanto dura a ação da ajuda. Depois, cada um volta à sua própria vibração. Por esta razão, não existe na sintonia transferência nem contratransferência, nem a chamada relação terapêutica. Portanto, um não assume a responsabilidade pelo outro. Cada um permanece livre do outro.Sobre o movimento interrompido.
Quando uma criança pequena não teve acesso à mãe ou ao pai, embora precisasse deles com urgência e ansiasse por eles, por exemplo, numa longa internação hospitalar, esse anseio se transforma em dor de perda, em desespero e raiva. A partir daí, a criança se retrai diante de seus pais e, mais tarde, também de outras pessoas, embora anseie por eles. Essas conseqüências de um movimento amoroso precocemente interrompido são superadas quando o movimento original é retomado e levado a seu termo. Nesse processo, o ajudante representa a mãe ou o pai daquele tempo, e o cliente pode completar o movimento interrompido, como a criança de então.


                            9-Postura do Constelador-Carta de Bert Hellinger








O trabalho das constelações é muito fácil
As pessoas colocam suas famílias
Rememoram-na e montam a constelação
O que se vê é uma surpresa para todo mundo
Para o cliente e para o terapeuta
Não há método para lidar com isso
Exceto que o terapeuta se expõe às imagens que vê
Ao quadro que vê
E espera por uma ocorrência na alma
Por um movimento na alma
E o segue
Existem algumas precondições
A primeira é que o terapeuta não tenha nenhum propósito
Ele não quer curar o cliente
E não faz esforço nenhum
Ele somente segue o movimento
Seja qual for o resultado
Ele não tem medo do que possa vir à tona
Ou do que as pessoas vão falar
Ele fica fora disso
Ele não procura pelo problema
Ele olha para a solução
Ele a observa
Se ou procuro o problema eu me sinto superior
Se olho para a solução, vou junto junto com o fluxo
Fluímos juntos
É o que conduz à solução
Seja ela qual for
Eu não dirijo a alma
Sigo a alma
E a alma as vezes
Precisa apenas de um pouco de informação
Sobre sua ideia
Sobre sua imagem
Sobre seu amor
Ela trabalha por si mesma e não quer muita interferência do terapeuta.
Assim eu não tenho muito trabalho
Não tenho que ser perfeito
Dou só um empurrãozinho
E isso é tudo
Todo o resto é feito pela pessoa
Com isso o trabalho vem a ser bastante respeitoso para com o cliente.
Naturalmente o trabalho é conduzindo por um profundo amor
Mas é um amor estranho
Não é um amor preocupado com a pessoa
É um amor por algo, maior que a pessoa individualmente
E assim o terapeuta não pode ser distraído por nada que não esteja em harmonia com esse campo maior
E se você tem assa atitude
Você pode fazer esse trabalho
É preciso um pouco de informação
Mas você não pode aprende-lo como um método que possa ser reproduzido, como um experimento científico.
Você não pode fazer isso com esse tipo de trabalho
Assim é suficiente
Se você assistiu algumas constelações
E você confia na sua alma
Confia no seu paciente
Confia nas forças que estão por trás de ambos
Trabalhando
Não importa o que
Vocês terão uma surpresa !
Esse é o segredo desse trabalho
10-Evolução das distintas Abordagens das Constelações Familiares:
Evolução das Constelações:Escrito por Sahwenya Passuello.


 Constelações tradicionais.

O constelando:Determina sua questão.
Fala dos  fatos Marcantes.
Sugere os representantes presentes.
Constelador:Pede para Constelando convidar pessoas para representa-los e pede para que os posicionem um a um, firmando a quem representam.
Constelador:Observa a posição corporal e possíveis movimentos por parte dos representantes.Ele investiga as sensações, sentimentos , distanciando-se do campo e observando o que se revela…Vai percebendo a desordem estabelecida e buscando nas leis e ordens do amor e da ajuda, bem como nas leis e bases da vida, frases que guiem o enredo revelado pelo campo em direção a ordem.
Constelação segundo o Movimento da Alma.
Todo o procedimento se dá igual, apenas o Constelador após ter observado o constelando a posicionar um a um dos representantes, autoriza-os a moverem-se buscarem seus lugares, e caso sintam durante a Constelação um impulso de movimento permitam moverem-se.
Constelação segundo o Movimento do Espírito:
Inicialmente repete-se o mesmo procedimento enquanto constelador, porém aqui, o Constelador não pede para o Constelando posicionar os representantes.
E inicia com um representante o qual revela a solução da questão.
Coloca varias pessoas, 30 pessoas ou mais em circulo e dá o comando para apenas moverem-se segundo o movimento do Espírito.
As vezes quase no final do movimento, quando já pequeninos movimentos ainda acontecem, o Constelador investiga com o representante da solução o que está sentindo e raras vezes dá o comando de algumas frases finais, entre alguns elementos representativos e a solução,Frases de Cura pautadas nas ordens e leis do amor, ajuda e vida, como que incluindo, fazendo pertencer, levando a reconhecer, reconciliando, ordenando e ou liberando.
Constelação:Medial.
Aqui, o Constelador senta-se ao lado do constelando e juntos buscam uma visão, um sentir que revela a luz a sua questão.
Segunda forma de condução:Move-se igualmente a Constelação segundo o Movimento do Espírito e deixa claro que não haverá um enredo, mas sim um campo de liberações que estarão atuando não só em sua questão também em questões planetárias.
Normalmente na medida que temos experiencia, vamos vendo dentro do campo vários enredos que se dão interligados a grande árvores da vida, todos ao mesmo tempo, quando um enredo encontra paz, todos descansam.
Constelação Atual-Últimos Movimentos mais avançados.
Cosmic Power
A pessoa senta do lado do Constelador.
Este por empatia sente o que o outro está sentindo(O constelando) e o guia, a alguns movimentos, imagens, ou apenas no silencio na respiração.
Enquanto isso acontecem duas formas possíveis.
A Consteladora coloca algumas pessoas em um campo conforme sua visão Interna.E na medida que vai estando ao lado da pessoa que requereu a questão.E respirando, guiando a pessoa a uma imagem interna de solução, enquanto a energia do Campo da Fonte primeira Move.
O Campo sem comando nenhum e intervenção nenhuma, encontra a ordem.
Em Níveis ainda mais avançados:
A pessoa senta-se ao lado do Constelador:
Em silêncio os dois trabalham e o campo todo, de todos que estão ali presente tomam consciência da questão central e bebem do néctar da solução.
Tudo em silêncio, com poucas palavras, no inicio da Consteladora ao constelando, e no final entre os dois, e algumas palavras em direção ao grupo.Uma pequena história ampliando o que houve a li para todos.
As vezes um exercício, que guie a cada um dentro do campo a seguir a um passo a mais.
No Caso do Constelador que tem a imagem consigo clara, ele conduz as 1,500 pessoas presentes, a olharem para a mesma imagem que fala do ponto de solução para o mesmo tipo de questão que faz parte de sua história e da humanidade.


11-Como Bert Hellinger chegou as Constelações Familiares:Entrevista de Bert Hellinger com Nobert Linz — Perguntas a um amigo

A dimensão sistêmica dos problemas e do destino.




Norbert Linz:: Caro Bert, como é que você chegou à psicoterapia sistêmica?

Bert Hellinger:: É difícil para mim refazer esse caminho, pois já se passou muito tempo. Porém, quanto me lembre, o insight decisivo me veio quando pratiquei a Análise do Script segundo Eric Berne. Ele partiu da constatação de que cada pessoa vive de acordo com determinado padrão. Esse padrão pode ser encontrado em histórias literárias como contos de fadas, romances, filmes, etc., que impressionaram essa pessoa. Pede-se a ela que mencione uma história que a comoveu em sua primeira infância – ainda antes do quinto ano de vida -, e uma segunda história que a comove atualmente. Então se comparam essas duas histórias e a partir do elemento comum a ambas se deduz qual é o secreto plano de vida daquela pessoa. Eric Berne acreditava que tal script resultava das primeiras mensagens que os pais transmitem aos filhos. Entretanto, descobri de repente que isto não é verdade.

Linz: Como é que você descobriu isto?

Hellinger: Vi que alguns dos assim chamados scripts – isto é, dos planos de vida pelos quais as pessoas inconscientemente se orientam – decorrem de vivências bem antigas, independentemente de sua transmissão pelos pais. Quando alguém traz, por exemplo, a história do anão Rumpeltilskin, vemos que se trata de uma história onde um pai entrega a filha e onde falta a mãe. Então podemos seguir essa indicação e perguntar à pessoa se na família dela alguma criança foi dada, ou se ela própria foi dada. Então talvez se manifeste que ela se sente como uma criança que foi dada e se propôs viver e se comportar como tal por toda a sua vida.

Linz: Como prosseguiu seu trabalho com as histórias de scripts?

Hellinger: Depois de algum tempo, descobri que muitas dessas histórias absolutamente não se referem à pessoa que as conta, mas a outra pessoa de sua família. Por exemplo, certa vez encontrei um homem que em criança se impressionara muito com a história de Otelo. Aí me ocorreu, de repente, que essa história não poderia referir-se a ele mesmo, pois uma criança não pode vivenciar o que Otelo vivenciou. Então perguntei-lhe, de chofre: Que homem de sua família matou alguém por ciúme? Ele respondeu: meu avô. Sua mulher lhe fora infiel e ele fuzilou o amante. Desde então, passei a distinguir muito claramente, quando trabalhava com scripts, se a história dizia respeito a uma vivência do próprio cliente ou de alguma outra pessoa. Assim me deparei, pela primeira vez, com a dimensão sistêmica dos problemas e dos destinos pessoais.

Linz: Tudo isto resultou da observação?

Hellinger: Não exclusivamente. Ao falar de scripts, Eric Berne já tinha considerado uma dimensão sistêmica, cujo alcance, entretanto, ele não reconheceu. Os que se dedicaram mais tarde à análise transacional voltaram a encobrir esse ponto. Portanto, Eric Berne já me colocou numa pista.

Linz: Houve outras?

Hellinger: Aconteceu um fato que me levou a uma pista sistêmica. Por longo tempo pratiquei a terapia primal. Nessa ocasião, trabalhei certa vez com uma mulher que manifestava sentimentos que eu não conseguia entender. Ela havia tratado um homem de uma maneira terrível, mas absolutamente não se dera conta disso. Naquela ocasião fiz algo de errado, porque não sabia como lidar com isso. Posteriormente senti muito esse erro.

Linz: Em que você errou, do ponto de vista de sua compreensão posterior?

Hellinger: Atribuí aqueles sentimentos a essa mulher, como se fossem próprios dela. Só mais tarde verifiquei que existe o que se chama de sentimento adotado. Até então eu partia do pressuposto de que só existem dois tipos de sentimentos: os primários, que são uma reação imediata a eventos ou a uma ofensa, e os sentimentos que substituem os primários ou defendem contra eles. Por exemplo: uma pessoa fica triste quando deveria estar com raiva, ou fica zangada quando deveria sentir-se grata.

Linz: Portanto, os sentimentos secundários.

Hellinger: Sim. O fato de existirem sentimentos adotados, que alguém inconscientemente assume de outra pessoa e dirige a uma terceira, que nada tem a ver com o assunto, isto eu só percebi quando voltei a refletir sobre o caso. Assim, através da terapia primal, deparei-me também com a dimensão sistêmica dos sentimentos e dos destinos funestos.

A seguir, fiz uma nova descoberta. Verifiquei também que os sonhos, às vezes, não dizem respeito à pessoa que sonha, mas a algo que pertence a outras pessoas da família. Quando atribuímos o conteúdo de um sonho à pessoa que o tem, podemos incorrer em equívocos e cometer injustiça para com ela. Portanto, os sonhos também revelam, às vezes, um envolvimento nos destinos de outras pessoas. Por outras palavras, eles também podem ter uma dimensão sistêmica.

Mestres e estimuladores

Linz: Você citou Eric Berne como um de seus motivadores. Pode citar outros mestres a quem você credita algo em seu desenvolvimento como psicoterapeuta?

Hellinger: São muitos. Meus primeiros mestres foram terapeutas sul-africanos, formados nos Estados Unidos, que trabalhavam com dinâmica de grupos. Para participar desses treinamentos, que eram basicamente organizados por ministros anglicanos para os colaboradores de sua igreja, eram convidadas também pessoas de outras confissões e de diversas raças. Para mim foi uma vivência muito profunda ver ali como os antagonismos se dissolviam num respeito recíproco. Também pude imediatamente colocar isso em prática, porque era diretor de uma grande escola para africanos em Natal. Portanto, a dinâmica de grupos foi o primeiro passo. Naquela época eu ainda não havia pensado em psicoterapia.

Linz: Como você chegou à psicoterapia?

Hellinger: Quando voltei à Alemanha, em 1969, passei a ministrar treinamentos em dinâmica de grupos, mas logo notei que isso não me bastava. Por isso, fiz em Viena uma formação em psicanálise, que também me deu muita coisa.

Enquanto ainda estava nessa formação, chegou-me às mãos, através de meu analista, o livro The Primal Scream (O Grito Primal), de Arthur Janov. Naquela época este livro ainda não era conhecido no espaço cultural de língua alemã. Fiquei profundamente impressionado com a maneira direta como Janov abordava as emoções básicas. Nos meus cursos de dinâmica de grupos experimentei secretamente seus métodos e imediatamente reconheci seu impacto. Resolvi então que, após terminar minha formação em Psicanálise, iria submeter-me a uma terapia primal com Janov. De fato, dois anos depois, fui para os Estados Unidos e fiz terapia primal por nove meses com Janov e com o primeiro terapeuta formado por ele. Ali aprendi muito sobre a forma de lidar com as emoções. Desde então já não fiquei abalado com fortes explosões emocionais. Pois também eu sou movido a emoções…

Linz: … mas não se deixa enrolar por elas.

Hellinger: Nisto consigo manter distância. Entretanto, logo notei que a terapia primal também tinha as suas deficiências.

Linz: Quais?

Hellinger: Alguns clientes e terapeutas se deixam dirigir exclusivamente por suas emoções. Logo percebi isso e me defendi contra essa atitude. Porém conservei o que tinha valor: antes de tudo, que o indivíduo seja entregue a si mesmo e não se ocupe de sentimentos alheios como recurso para escapar dos próprios, distraindo-se de si mesmo. Por exemplo, que não receba feedback de outras pessoas enquanto expressa os próprios sentimentos.

Linz: Como você utilizou mais tarde suas experiências com a terapia primal?

Hellinger: Quando voltei à Alemanha trabalhei muito intensamente, por algum tempo, com a terapia primal. Com o passar do tempo, reparei que os sentimentos fortes que emergem geralmente encobrem um outro sentimento, um amor primitivo pela mãe e pelo pai. Assim, sentimentos como a raiva, cólera, luto e desespero muitas vezes funcionam apenas como defesa contra a dor causada pela interrupção de um movimento precoce em direção da mãe ou do pai.

Linz: O que se deve entender concretamente por “movimento interrompido”?

Hellinger: Quando a criancinha quis ir em direção à mãe ou ao pai mas não pôde fazê-lo, por exemplo, porque estava no hospital ou numa incubadora como bebê prematuro, ou ainda porque o pai ou a mãe morreram cedo, então o amor se transforma em dor, que é o outro lado do amor. No fundo, é exatamente a mesma coisa. A dor é tão grande que a criança mais tarde nunca mais quer aproximar-se dela. Ao invés de ir ao encontro da mãe ou de outras pessoas, prefere manter-se distante delas. Em vez do amor, sente raiva ou desespero e a dor da perda. Quando o terapeuta sabe disso, pode prescindir desses sentimentos mais superficiais e visar diretamente o amor. Ele conduz o cliente até o ponto em que o movimento foi interrompido e o restabelece, no contexto de uma terapia primal ou de uma constelação familiar. Desta maneira, o movimento interrompido é reconduzido ao seu termo, advindo uma profunda paz. Então acaba muita coisa que resultara da mágoa primitiva, como medos, compulsões, fobias, sensibilidade excessiva ou outras formas conhecidas de comportamento neurótico.

Linz: Que tarefa cabe ao terapeuta nesse processo?

Hellinger: Para o cliente eu substituo o pai ou a mãe, e só posso acompanhar e dirigir o seu movimento pelo fato de estar consciente de que os represento. Eu conduzo o cliente à mãe ou ao pai e cedo-lhes o lugar logo que o filho chega lá.

Linz: O que faz você, após esse trabalho de vinculação intensa, para que o cliente não transfira demasiado para você?

Hellinger: Quando levo a termo o movimento interrompido, o cliente me esquece. Pois eu o entreguei às melhores mãos que existem para ele, às mãos de seus pais, e posso tranqüilamente retirar-me. Por isso é muito reduzido o perigo da transferência neste trabalho.

Linz: Você ainda citaria outros métodos terapêuticos que foram importantes para você – por exemplo, a terapia familiar?

Hellinger: Durante muitos anos, de 1974 a 1988, combinei a análise do script e a terapia primal. Em seguida, ocupei-me intensamente com a terapia familiar, a nova tendência dos anos 70. Então estive nos Estados Unidos por mais quatro semanas e participei de um grande seminário sobre terapia familiar, dirigido por Ruth McClendon e Les Kadis. Com eles aprendi muito. Faziam constelações familiares impressionantes e, por intuição ou por tentativas, encontravam boas soluções, as quais, entretanto, eu não conseguia absorver plenamente. Eles também não podiam explicar o processo, por não estarem conscientes dos padrões básicos.

Linz: Para ter um ponto de referência, em que ano aconteceu isso?

Hellinger: Foi em 1979. Mais tarde, Ruth McClendon e Les Kadis estiveram na Alemanha e deram dois cursos sobre terapia multifamiliar, fazendo simultaneamente, em cinco dias, a terapia de cinco famílias, com a presença de pais e filhos. Nessa ocasião pensei comigo mesmo: Talvez eu faça apenas terapia familiar: é a única coisa certa. Mas então considerei meu trabalho anterior e decidi permanecer nele, pois tinha ajudado muita gente. Porém a terapia familiar não me deixou mais. Tomando consciência, cada vez mais, da dimensão sistêmica dos problemas e dos destinos, meu trabalho terapêutico mudou tanto que, no espaço de um ano, se transformou numa terapia familiar, incorporando porém minhas experiências anteriores.

Linz: Então você passou a trabalhar com constelações familiares.

Hellinger: Sim. Mas, antes disso, participei ainda de dois cursos com Thea Schönfelder sobre constelações familiares. Ela trabalhou de uma forma muito marcante que eu já entendia melhor, se bem que ainda não completamente. Então, quando estava escrevendo uma conferência sobre culpa e inocência nos sistemas, ocorreu-me de repente que existe algo que se pode chamar “ordem de origem”, isto é, a precedência do que o que é anterior num sistema, sobre o que é posterior.

Linz: Juntamente com os “sentimentos adotados” e o “movimento interrompido”, esta é uma abordagem original sua.

Hellinger: O que significa aqui original? O insight me ocorreu, como poderia ter também ocorrido a outros. Por isso não faço qualquer reivindicação sobre isso. Mas isso me proporcionou o modelo básico, com o qual pude reconhecer e resolver as perturbações nas relações familiares. Só a partir daí pude começar a trabalhar com constelações familiares. No decorrer do tempo reconheci outros padrões, por exemplo, a representação de pessoas excluídas através de outras que vieram depois, e a importância da compensação nas famílias e grupos familiares.

Constelações familiares

Linz: Você mencionou há pouco que muitos trabalharam com constelações familiares antes de você. O que há de peculiar em sua própria maneira de trabalhar?

Hellinger: Tenho firme confiança em que cada indivíduo, quando coloca sua própria família ou colabora em alguma constelação, está em contato com algo que vai além dele. Por isso, abstenho-me de instruções prévias. Vários terapeutas dizem aos representantes como devem se comportar; por exemplo, que se inclinem para frente ou olhem numa determinada direção. Denominam isso “escultura familiar”. Não permito algo assim. Pois, quando o representante se centra e se entrega ao que acontece, faz espontaneamente tudo isso, quando é necessário. Isso tem então uma força de convencimento muito diferente do que se eu desse instruções prévias.

De mais a mais, quando alguém coloca a família de uma forma preconcebida, a imagem nunca é correta. A verdadeira imagem da família realmente só emerge passo a passo durante o processo da constelação, surpreendendo inclusive a pessoa que a está colocando.

Linz: Como você explica que a realidade sistêmica realmente se manifeste nas constelações familiares?

Hellinger: Isto eu não posso explicar. Mas é possível ver que os participantes de uma constelação familiar, desde que são colocados em relação uns com os outros, não estão mais em si, mas se comportam e sentem como os membros da família que representam. Chegam a sentir sintomas físicos deles.

Há pouco tempo, participou de um curso para enfermos um homem que tinha epilepsia. Ele queria colocar seu sistema familiar, mas não pôde, porque não estava totalmente presente. Então fiz com que sua mulher colocasse a família de origem dele, pois ela podia fazê-lo. Quando esse cliente tinha dez anos, seu pai ficou cego devido a uma explosão. Desde então, ele não ousou mais se aproximar do pai, por medo de também ficar cego. Eu disse a seu representante na constelação que se ajoelhasse diante do pai, se inclinasse até o chão e lhe dissesse: “Eu lhe presto homenagem”. Ele fez isso. Ajoelhou-se, inclinou-se até o chão e ficou muito emocionado ao dizer isto. Subitamente, começou a tremer, como se tivesse um ataque epiléptico. Não pôde resistir a isso. Vê-se, portanto, que existe um saber e um sentir imediatos, que vão muito além do que nos é comunicado por palavras.

Linz: O que atua nisso é uma espécie de inconsciente coletivo?

Hellinger: Não sei, e também evito buscar uma denominação para isto. Só vejo que tal coisa existe. Por isso, também se pode ver imediatamente se um representante se entrega ou não ao papel numa constelação familiar. Há pessoas que se defendem contra isso ou estão enredadas no próprio sistema. Nesse caso, eu as tiro imediatamente.

O olhar

Linz: Você diz com freqüência que isto ou aquilo “a gente pode ver imediatamente”. Que espécie de olhar é para você esse processo?

Hellinger: É um olhar que vai além do fenômeno, isto é, além do que justamente aparece.

Linz: Portanto, não é uma observação?

Hellinger: Não, é algo totalmente distinto. Na observação a visão se estreita, ao passo que o olhar é amplo. Ele se dirige ao todo e vai além do particular e do aparente. Então vejo uma pessoa junto com sua família. Por isso, quando alguém coloca sua família, posso ver imediatamente, olhando além da imagem, se está faltando alguém. Quando, então, procuro comprovar isto no grupo e pergunto: “Qual é a impressão de vocês, está faltando alguém ou não?”, muitos respondem; eles também estão vendo. Portanto, não se trata de um saber só meu. Apenas é necessário algum exercício, até que a gente confie nessa percepção e “olhe” dessa maneira.

As objeções contra o olhar

Entretanto existe aí algo muito importante a considerar. Quando alguém olha dessa maneira, mas depois coloca uma pergunta interna ou faz uma objeção, já não consegue ver assim. Isto acontece, por exemplo, quando diz: “Isso não pode ser assim” ou: “Talvez eu esteja fantasiando”, e começa a duvidar ou sente medo. Se, de repente, ele toma consciência de algo que realmente está vendo — por exemplo, que alguém está perto da morte –, e fica com medo de sustentar e expressar essa percepção, então já não consegue ver isso.

Linz: Como é possível ver algo assim, que alguém está prestes a morrer? Que sinais permitem verificar isto?

Hellinger: Isso agora já seria…

Linz: … Uma objeção?

Hellinger: Seria uma objeção. Entretanto, ao invés de colocar uma objeção, testamos, pelo efeito, se é real o que vimos. Também o cliente o comprova pelo efeito. Quando lhe comunico minha percepção e lhe digo: “Vejo que você está no fim”, ele reage imediatamente e diz, por exemplo: “Sim”, e imediatamente se sente tocado. Assim percebo que vi algo que ele também sabe, mas não ousou admitir. Da mesma maneira, é possível ver outras coisas, por exemplo, que uma relação acabou. Isto se pode ver. Quando se diz isto aos envolvidos, eles respiram aliviados, porque isto finalmente veio à luz. Portanto, através dessas informações de retorno, o olhar é avaliado e treinado e aumenta a coragem de assumi-lo.

A hipnoterapia segundo Milton Erickson

Linz: Existem ainda outros incentivadores ou terapeutas a quem você deve algo?

Hellinger: Devo muito aos discípulos de Milton Erickson.

Linz: Você pode descrever mais precisamente o que recebeu, de modo particular, de Milton Erickson e seus discípulos?

Hellinger: A primeira coisa é que Erickson reconhece o ser humano tal como é, reconhece os sinais como são, deixando-se conduzir pelos sinais do cliente que está diante dele. Isto se processa em vários níveis; num nível mais aparente, ouvindo as palavras do cliente e, num nível mais profundo, reparando em seus movimentos mais sutis. Pois o cliente transmite sinais que, muitas vezes, diferem muito do que ele expressa com palavras. O terapeuta vê e distingue esses níveis. É isso que muitas vezes desconcerta os clientes e faz muita gente me perguntar como é que eu vi uma coisa, quando a pessoa disse outra muito diferente. Mas eu vi como ela reagiu.

Linz: De que discípulos de Erickson você aprendeu mais?

Hellinger: Jeff Zeig e Stephen Lankton foram meus principais mestres nessa matéria. Antes eu já tinha participado de dois seminários com Barbara Steen e Beverly Stoy. Eles me introduziram aos métodos de Milton Erickson, assim como à Programação Neurolingüística (PNL) e ao trabalho com histórias. Por exemplo, eles contavam a cada pessoa no grupo uma história que se ajustava a ela. Por outras palavras, apenas pela percepção imediata captavam alguma coisa e a devolviam através das histórias. Nessa ocasião, tive vontade de fazer também algo semelhante, mas não consegui. Entretanto, dois anos depois, ocorreu-me num grupo, pela primeira vez, uma história terapêutica: “O grande Orfeu e o pequeno Orfeu”, que se transformou mais tarde na história “Dois tipos de felicidade”.

A função das histórias

Linz: Quando é que você introduz histórias? Existem determinadas regras para isto?

Hellinger: Quando não progrido com alguém e noto que existe um bloqueio, às vezes me ocorre alguma história para essa pessoa. Muitas de minhas histórias surgiram dessa maneira e fazem então um efeito surpreendente.

Linz: Como elas atuam?

Hellinger: O primeiro ponto é que a outra pessoa já não precisa defrontar-se diretamente comigo. Se, por exemplo, eu lhe digo diretamente o que ela poderia ou deveria fazer, ela se vê como um oponente e precisa colocar limites diante de mim, ainda que seja correto o que lhe digo. Ela precisa fazer isso para preservar sua dignidade. Mas, quando lhe conto uma história, ela não se defronta mais comigo e sim com os personagens da história. E, muitas vezes, não conto a história a ela mas a uma outra pessoa, e ela não sabe que a história está sendo dirigida a ela.

Linz: Às vezes, você também fala diretamente às pessoas, por exemplo, numa terapia individual. Isto faz alguma diferença? Você precisa ser mais cuidadoso nisso, ou utiliza outras histórias?

Hellinger: Existem pequenos truques. Posso dizer, por exemplo: Certa vez, encontrei um homem que contou a alguém…

Linz: Portanto, você faz um enquadramento.

Hellinger: Sim, dou à história um enquadramento. Ela fica sendo uma história que outra pessoa conta a uma terceira, e a atenção do meu interlocutor se desvia de mim. O enquadramento cria um grupo fictício onde a história é contada.

Linz: Muitas vezes, suas histórias parecem ter, além da função de esclarecer, a de relaxar a tensão. Você segue um certo plano, quando introduz histórias num curso?

Hellinger: Não planejo. Às vezes, após um trabalho difícil, noto que o momento exige uma distensão e vejo se já tenho uma história ou me ocorre alguma nova, e então a conto. Isto ajuda o grupo a voltar à calma e a preparar-se para o que vem depois. Também são histórias desse tipo os exemplos que eventualmente uso para esclarecer alguma coisa. São, igualmente, pausas para descanso. Desta forma, procuro fazer com que um curso se desenvolva como um drama. Primeiro existe uma ação, depois uma certa reflexão. Ou, às vezes, preciso contar alguma piada ou algo divertido, quando a situação fica muito séria.

Linz: Portanto, são também momentos de compensação.

Hellinger: São momentos de compensação e, curiosamente, também de aprofundamento, porque também é mobilizado o elemento contrário. Assim, não apenas o sério, e não apenas o divertido: não só teoria, e não só trabalho. Tudo isto vem junto, a vida completa.

Experiências de vida

Linz: Recapitulando sua vida, que outras experiências pessoais, além das adquiridas através dos mestres, foram importantes para o desenvolvimento de suas formas de terapia?

Hellinger: Naturalmente, uma experiência muito importante para mim foi meu convívio com os zulus na África do Sul. Lá conheci uma forma de convívio humano totalmente diferente: por exemplo, uma enorme paciência e também um enorme respeito mútuo. Lá é natural que uma pessoa não ridicularize a outra. Assim, cada um pode preservar seu semblante e sua dignidade. Também me impressionou muito a maneira como os zulus lidam com seus filhos, e como os pais fazem valer sua autoridade. Por exemplo, jamais ouvi que alguém tivesse falado depreciativamente dos próprios pais. Isto é impensável entre eles.

Linz: Na época, você atuava numa ordem de missionários católicos. Como é que esse campo especial o marcou?

Hellinger: Essa foi para mim uma experiência de muita disciplina e trabalho intenso, que me exigiu amplamente e ainda produz seus efeitos. Na África do Sul dirigi escolas superiores, ensinei várias disciplinas, especialmente o inglês, e administrei por muitos anos todo o sistema de ensino de uma diocese com cerca de 150 escolas. As experiências pedagógicas dessa época ainda me beneficiam hoje em meus cursos.

Linz: Quando você deixou a ordem religiosa, no início dos anos 70, e mudou de profissão, houve resistências?

Hellinger: Quando me afastei não houve resistências, nem da parte da ordem nem da minha parte. Foi um crescimento ulterior. Por esta razão, também não vivenciei minha saída como uma ruptura, mas como uma evolução.

Linz: Portanto, sua saída foi totalmente pacífica?

Hellinger: Sim. Posso olhar para trás com bons sentimentos e ainda mantenho contato com alguns amigos da ordem. Reconheço o que nela recebi e também o que ali realizei.

Os principais insights

Linz: Você pode resumir os aspectos novos que introduz na psicoterapia sistêmica?

O amor

Hellinger: O aspecto mais importante foi reconhecer que o amor atua por trás de todos os comportamentos, por mais estranhos que nos pareçam, e também de todos os sintomas de uma pessoa. Por esse motivo, é fundamental na terapia que encontremos o ponto onde se concentra o amor. Então chegamos à raiz, onde se encontra também o caminho para a solução, que sempre passa também pelo amor. Isto eu vivenciei primeiro na terapia primal e em seguida também na análise do script e na terapia familiar. Notei que grande parte do tão decantado trabalho com emoções, onde o terapeuta diz ao cliente: “Solte sua raiva”, deixa escapar o essencial. Já vi casos em que alguém é incitado a dizer aos pais que está furioso com eles, ou mesmo que deseja matá-los, e mais tarde se castiga severamente por isso. A alma da criança não tolera nenhuma depreciação dos pais. Só quando vi isso é que tomei plena consciência da dimensão desse amor. Por isso procuro, sempre e antes de tudo, pelo amor, e oponho-me a tudo que o coloque em risco.

A compensação

Uma outra descoberta muito importante foi que a necessidade de compensação entre o dar e o tomar, e entre os ganhos e perdas, é tão forte que não pode ser superestimada. Ela atua em todos os níveis. Num nível inconsciente, atua como uma necessidade de compensação no mal. Assim, quando, por exemplo, faço algum mal a alguém, também faço algum mal a mim mesmo. Ou, quando vivencio algum bem, pago por isso com algum mal.

Linz: Como se origina esse comportamento paradoxal?

Hellinger: Simplesmente pela necessidade de escapar da pressão. A pressão para compensar é enorme. De repente, percebi que inúmeros problemas decorrem desta necessidade compulsiva, que não leva a nenhuma solução. Deve-se encontrar, num nível mais elevado, uma outra forma de compensação, através do bem, do respeito e do amor.

Linz: Para o seu modelo terapêutico você recebeu também incentivos externos?

Hellinger: Boszormenyi-Nagy escreveu um livro sobre “Os Vínculos Invisíveis”. Isso me apontou uma direção; mas logo coloquei de lado o livro e passei a examinar, por mim mesmo, como atua nas famílias a necessidade de compensação. Reparei também que o autor descreve somente a compensação compulsiva que produz efeitos funestos, ao passo que a compensação que leva à solução se encontra num nível diferente e superior.

Direitos iguais de pertencimento

Linz: Existe ainda uma percepção básica que orienta, de modo especial, o seu esforço terapêutico?

Hellinger: Identifico-me com um movimento que torna a unir o que foi separado, mas de forma a descobrir primeiro o que separa e o que une. Neste particular, minha descoberta mais importante foi que cada membro, vivo ou morto, da família e do grupo familiar tem o mesmo direito de pertencer. Por outras palavras, a alma demonstra, por seu modo de reagir à negação ou ao reconhecimento desse direito, que se trata aqui de uma lei básica, intimamente reconhecida por todos. Portanto, quando qualquer membro é excluído, reprimido ou esquecido, a família e o grupo familiar reagem como se tivesse acontecido uma grande injustiça que precisa ser expiada. Isto acontece, por exemplo, quando alguém, por razões morais, é declarado indigno de pertencer à família ou é deslocado por um outro, que toma o seu lugar. Isso acontece igualmente quando, numa família ou num grupo familiar, não se deseja mais saber de alguém cujo destino amedronta, ou ainda quando alguém simplesmente é esquecido, como se esquece uma criança que morreu ao nascer. A alma não tolera que alguém seja considerado maior ou menor, melhor ou pior. Somente os assassinos podem e devem ser excluídos; isto é, os demais membros da família os despedem em seus corações com amor.

A injustiça da exclusão é expiada, na família e no grupo familiar, quando outro membro do sistema passa inconscientemente a representar, diante dos membros remanescentes ou agregados, a pessoa que foi excluída ou esquecida. Esta é a causa mais importante dos emaranhamentos e dos problemas que deles resultam, tanto para a pessoa envolvida quanto para sua família e seu grupo familiar. O direito básico de pertencer não é, portanto, uma exigência imposta do exterior. No fundo de nossa alma, nós nos comportamos como se tratasse de uma ordem preestabelecida, independentemente de nossa compreensão e justificativa.

Na família reina, portanto, a lei da equiparação de todos. Cada um é, por assim dizer, tomado a serviço à sua própria maneira, e ninguém é dispensável nem pode ser esquecido. Os problemas mais graves com que me defronto nascem do desrespeito a essa igualdade. Como terapeuta, recoloco as pessoas excluídas diante dos olhos de todos. Logo que são de novo reconhecidas e acolhidas, a paz volta a reinar e as pessoas enredadas ficam livres. Nesse reconhecimento mútuo da igualdade, reencontram-se com amor pessoas que talvez estejam separadas: marido e mulher, filhos e pais, sãos e enfermos, os que chegaram e os que partiram, vivos e mortos. Como terapeuta, empenho-me profundamente a serviço da reconciliação.

O que faz adoecer e o que cura nas famílias

Linz: Há algum tempo você também trabalha com pessoas gravemente enfermas. Sua abordagem sistêmica mostrou-se válida também nesse domínio?

Hellinger: Sim, sobretudo quando se trata de problemas e sintomas causados por emaranhamentos.

Linz: E que sintomas são melhor aliviados através da psicoterapia sistêmica?

Hellinger: Pode-se ver que determinadas doenças graves como o câncer, por exemplo, têm um condicionamento sistêmico. O nexo sistêmico se mostra na dinâmica: “Eu sigo você”; isto é, alguém quer seguir, na doença ou na morte, uma pessoa do grupo familiar que está doente ou faleceu. Ou então, quando uma criança vê que alguém de sua família quer seguir outro dessa maneira, ela diz: “Antes eu do que você”. Existe ainda o desejo de expiar e compensar algo funesto através de algo igualmente funesto. Quando se conhecem essas dinâmicas básicas é possível neutralizá-las, aliviando muito sofrimento.

Outros sintomas estão associados à interrupção do movimento afetivo para os pais. Dores no coração ou dores de cabeça, por exemplo, são muitas vezes amor represado, e dores nas costas resultam freqüentemente da recusa de fazer uma reverência profunda à mãe ou ao pai.

Procedimentos importantes

Linz: Quais são seus procedimentos mais importantes nas constelações familiares? Como você descreveria seus pontos básicos?

– Assumir a direção

Hellinger: Nas constelações familiares não deixo que o cliente faça nada sozinho. Por exemplo, não deixo que procure sozinho o lugar onde ele fica bem. Só faço isso em coisas de menor importância. Quando alguém coloca uma família, capto, através de minha percepção e de minha experiência, uma imagem da ordem, de como está perturbada e como pode ser restaurada. Sigo essa imagem ao buscar soluções. Assim, eu próprio coloco as imagens intermediárias e a imagem da solução, contando sempre com a participação do cliente. Então coloco à prova a imagem pelo efeito que produz e verifico se o efeito a confirma ou se ainda faltam outros passos.

Linz: Portanto, você também coloca à prova a sua imagem interior?

Hellinger: Sempre o faço, em qualquer caso. Desta maneira, o cliente não precisa acreditar naquilo que digo ou faço. Mas não lhe deixo a iniciativa. Sozinho ele não encontraria a solução. Se pudesse encontrá-la, não me teria procurado. Quando a imagem da solução foi encontrada, deixo que o cliente entre na constelação e tome a posição que seu representante estava ocupando. Assim ele verifica por si mesmo se a solução é certa para ele.

– Ir até o limite

Linz: Muitas vezes você aponta ao cliente, a partir da imagem da solução, conseqüências que soam muito duras.

Hellinger: Confronto a pessoa com as conseqüências extremas do que se passa em sua família: por exemplo, que um filho irá morrer se ela abandonar a família. E confronto-a com os passos necessários para a solução, por exemplo, que faça uma profunda reverência a seu pai e lhe preste homenagem. Ou, talvez, que deixe a família; a conseqüência também pode ser esta.

Linz: O que significa isso, concretamente?

Hellinger: Que a pessoa renuncie a suas reivindicações. Por exemplo, uma mãe que entregou uma criança à adoção perdeu seu direito a ela. Então precisa ir embora e deixar a criança com o pai.

Essas são intervenções terapêuticas de graves conseqüências, e assumir a responsabilidade por elas exige muita coragem. Só quando alguém é plenamente confrontado com as conseqüências de seu comportamento e com as condições da solução é que sua decisão se torna inevitável e possível.

Aliás, lembrei-me aqui de um outro mestre que tive. Esse ir até os limites foi claramente formulado por Frank Farrely em sua terapia provocativa. Ele me mostrou um caminho e sou-lhe grato por isto.

– Permanecer na realidade, mesmo que choque

Linz: Mas em seus grupos de terapia há sempre alguns participantes que ficam chocados com sua maneira direta de confrontá-los.

Hellinger: Eu confronto um participante apenas com uma realidade que está visível.

Linz: Que você vê!

Hellinger: E que ele próprio naturalmente conhece. Isso só é chocante para aqueles que não querem ver o que é.

Por exemplo, num de meus cursos havia uma mulher que sofria de uma doença mortal e incurável. Já não lhe restava muito tempo de vida. Ela quis constelar sua família, porém eu lhe disse: “Só colocarei duas pessoas, você e a morte. Escolha alguém que represente você e alguém que represente a morte”. Isto tem um efeito chocante em pessoas que não estão sintonizadas. Com essa mulher não aconteceu isto porque ela sabia que ia morrer. Escolheu uma mulher mais baixa para representá-la e outra mais alta para representar a morte. Colocou-as de frente e muito próximas uma da outra. A mulher mais baixa, que a representava, levantou os olhos para a morte e disse: “Tenho um sentimento terno e sinto em meu rosto o hálito suave da morte”. Também a morte teve um sentimento terno pela mulher. Então eu fiz a representante da cliente dizer à morte: “Eu lhe presto homenagem”. Ela fez isto, e ambas se tomaram suavemente com ambas as mãos, e se olharam com muito carinho.

Essa é a realidade que vem à luz, e atua porque veio á luz. Entretanto, quem parte do pressuposto de que a morte é algo terrível tem medo de trazer à luz essa realidade. Quando revelo algo assim, a realidade sempre se apresenta como ela é, com toda a seriedade. Isso permanece sem contestação e, na verdade, sem contestação pelo cliente. Outras pessoas talvez fiquem amedrontadas com essa realidade. Então querem fazer objeções e dizer que a doença não é tão grave e que deve haver outra atitude que não seja defrontar-se com o fim. Como não permito isso, minha atitude parece dura.

Linz: Se você o permitisse, quais seriam as conseqüências?

Hellinger: Então a realidade seria rebaixada ao nível de uma opinião e do bel-prazer, o que é inviável. Nisso consiste o caráter direto e a consistência do meu trabalho: em não tolerar que a realidade seja diminuída.

Linz: Como atuaria sobre o cliente tal diminuição?

Hellinger: Ela o enfraqueceria, ao passo que a realidade, por mais fatal que pareça, fortalece e libera quando é vista e reconhecida. Certa vez, quando certa mulher constelou a sua família, eu lhe disse que o seu casamento não tinha salvação, que os filhos deviam ficar com o pai deles, e que ela devia ficar só. Outras pessoas quiseram fazer objeções e propor soluções mais confortáveis, mas eu não permiti. Pois eu não dissera isto a ela por minha própria cabeça, mas porque isso tinha ficado claro para ela e para mim na constelação. Mais tarde, um dos participantes me contou que naquela noite brigou interiormente comigo por três horas, julgando que eu fui excessivamente duro com aquela mulher. Entretanto, na manhã seguinte, ela voltou radiante ao grupo, e aquele participante reconheceu que sua preocupação com a cliente e sua briga interior tinham sido vãs.

Linz: Como é que você vê a si mesmo numa ação tão cheia de responsabilidade?

Hellinger: Considero-me, antes de tudo, como alguém que traz realidades à luz. São essas realidades que ajudam e curam, não eu. São elas, e não eu, que colocam uma pessoa diante da decisão. Seja como for que a decisão aconteça, ela nada tem a ver comigo.

Linz: O que acontece ao cliente quando encara de frente a realidade?

Hellinger: Ele perde suas ilusões. Com isso, sua visão e seus atos ganham outra seriedade e uma força nova. Mesmo quando age contra a sua percepção, ele agora sabe o que faz e deixa de agir compulsivamente. Esta é a diferença.

– Abstrair do problema apresentado

Linz: Por que você muitas vezes não permite que os clientes falem um pouco mais sobre os seus problemas? Essa atitude irrita muita gente.

Hellinger: O problema que a pessoa expõe não é realmente o seu problema, da forma como o expõe. Pois, se ela o tivesse entendido bem…

Linz: … Ele não existiria mais.

Hellinger: Justamente. Por esta razão, parto do pressuposto de que quase tudo o que alguém diz sobre uma situação realmente não corresponde a ela. Se eu ouvisse tudo isso, estaria dando a essa pessoa a oportunidade de confirmar e reforçar seu problema através de sua descrição. Por essa razão, não permito que ela me conte seu problema como gostaria de fazê-lo, mas digo-lhe que apenas me narre os fatos: por exemplo, se algum dos pais foi casado anteriormente, quantos irmãos tem, se algum deles morreu ou se houve ainda algum acontecimento marcante em sua infância e em sua família.

Linz: Portanto, você só permite que ela lhe conte fatos.

Hellinger: Apenas fatos, sem interpretações. Pelos fatos sei então o que se passa em sua alma, e qual é a raiz de suas dificuldades ou de seu emaranhamento. Então tenho as informações de que preciso.

– Ficar atento à energia

Linz: Algumas pessoas, entretanto, poderiam trazer um monte de fatos. Quando é que a informação é suficiente para que você faça uma imagem clara? Com que fatos você se dá por satisfeito?

Hellinger: Acontecimentos e fatos estão carregados de energia. Quando alguém conta um acontecimento, é possível sentir imediatamente se ele contém energia ou não, e se produz, ou não, um efeito à distância. Quando alguém conta que um irmão morreu quando criança, isto sempre tem muita força. Ou quando uma mãe morreu ao dar à luz, isto tem um impacto tremendo sobre várias gerações. Algo assim precisa ser abordado e reconhecido. Pois aqui se trata de acontecimentos que dão medo e, por causa disso, são varridos para debaixo do tapete. Entretanto, é justamente através do seu encobrimento que eles ganham força. Quando o acontecimento é mencionado, percebo imediatamente se ele tem impacto ou não. Quando alguém cita uma determinada pessoa, muitas vezes eu saco de imediato que ele está enredado com ela e que ela precisa ser representada e imitada por alguém.

Linz: De onde você tira sua certeza? Como você chega a ela?

Hellinger: Sinto-a na energia e na força que disso resulta. Em seguida, porém, coloco à prova minha percepção quando configuro o sistema. Muitas vezes aparecem ainda outros fatos. Mas, logo que é mencionada uma pessoa importante, começo a trabalhar. Todas as outras informações são obtidas através da própria constelação.

– Trabalhar com o mínimo

Linz: Existem ainda outros procedimentos terapêuticos que são característicos para você?

Hellinger: Nas constelações familiares comprovou-se para mim a eficácia de trabalhar com o mínimo. Que, portanto, eu só faça o que for incondicionalmente necessário e renuncie a ser completo. Caso contrário, a energia reflui para a curiosidade e para a vontade de saber, e se desvia da ação. Quando a solução se torna visível, interrompo imediatamente. Interrompo no auge da mobilização, porque nesse momento está presente o máximo de energia. Pelo corte, fecho o caminho ao escape da energia para as discussões. Dessa maneira, ela permanece concentrada em vista do agir. Pela mesma razão, não tolero extensos comentários posteriores.

Linz: Que efeitos teria o comentário posterior?

Hellinger: Enfraqueceria o impacto sobre o cliente e daria oportunidade a outros participantes de direcionar a energia para si e para seus próprios problemas.

Linz: Isto quer dizer que você passa logo a outro cliente ou muda o tema.


Hellinger: Sim. Passo logo à pessoa seguinte.

12-A distinção entre os 4 tipos de Sentimentos:


Assista ao Vídeo de Bert Hellinger:
https://www.youtube.com/watch?v=hGTihdy5KIc


13-Títulos de Leituras -Ciência das Relações Humanas-Constelações Familiares-Bert Hellinger –Leituras Recomendadas. 



CD do Bert Hellinger – “Seguindo as pegadas”

La sanación – Sanar e mantenerse sano
Bert Hellinger Ed. Grupo Cudec – México

Plenitud – La mirada del Nahual , el hombre que inspiró la obra de Carlos Castanheda
Bert Hellinger. Ed. Grupo Cadec – México

Inteligencia Transgeneracional
Bert Hellinger e Angélica Olvera – Ed. Grupo Cadec – México

Meditaciones
Bert Hellinger. Ed. Grupo Cadec – México

Un largo camino
Bert Hellinger e Gabriele Ten Hovel – Ed. Alma Lepik Editorial

Ordens do Sucesso, êxito na vida, êxito na profissão
Bert Hellinger – Ed. Atman

Constelações Familiares e o caminho da cura
Stephan Hausner – Ed. Cultrix

DVD Aprendendo sobre o destino
Lucilene Silveira – Luz Filmes

O Amor Do Espírito
Bert Hellinger – Ed. Atman

Constelações Organizacionais
Klaus Grochowiak – Ed. Cultix

Conflito E Paz
Bert Hellinger – Ed. Pensamento

A Alma Do Negócio
Jan Jacob Stam – Ed. Atman

Para Que O Amor Dê Certo
Bert Hellinger – Ed. Cultix

O Outro Jeito De Falar
Bert Hellinger – Ed. Atman

Amor A Segunda Vista
Bert Hellinger – Ed. Atman

Um Lugar Para Os Excluídos
Bert Hellinger – Ed. Atman

Você É Um De Nós
Marianne Franke-Gricksch – Ed. Atman

Pensamentos A Caminho
Bert Hellinger – Ed. Atman

Viagens Interiores
(áudio-livro) Bert Hellinger – Ed. Atman

Histórias De Amor
Bert Hellinger – Ed. Atman

A Simetria Oculta Do Amor
Bert Hellinger – Ed. Atman

A Fonte Não Precisa Perguntar Pelo Caminho
Bert Hellinger – Ed. Atman

Liberados Somos Concluídos
Bert Hellinger – Ed. Atman

Ordens Da Ajuda
Bert Hellinger – Ed. Atman

Ah! Que Bom Que Eu Sei!
Jakob Schneider e Brigitte Gross – Ed. Atman

A Prática das Constelações Familiares
Jakob Schneider – Ed. Atman

Religião, psicoterapia e aconselhamento espiritual
Bert Hellinger – Ed. Cultix

No Centro Sentimos Leveza
Bert Hellinger – Ed. Cultix

O Essencial É Simples
Bert Hellinger – Ed. Atman

Ordens Do Amor
Bert Hellinger – Ed. Cultix

Desatando Os Laços Do Destino
Bert Hellinger – Ed. Cultix

Constelações Familiares Em Sua Vida Diária
Joy Manne – Ed. Cultix

Quando Fecho Os Olhos Vejo Você
Ursula Franke – Ed. Atman

A Paz Começa Na Alma
Bert Hellinger – Ed. Atman

Constelações Familiares
Bert Hellinger – Ed. Cultrix

Pensamentos sobre Deus
Bert Hellinger – Ed. Atman


                                                            14-Leitura de Campos.

                                                  Constelação familiar sistêmica e o “Campo”.
                                                  Por Sahwenya Passuello.

                                                  Hellinger Sciencia-Consteladora Familiar.      

A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica criada pelo alemão Bert Hellinger a partir de muitos anos de observação de fenômenos que ocorriam em grupos terapêuticos que ele coordenava. A prática gerou a teoria, e não o inverso. O trabalho não se baseia em teorias psicológicas previamente estabelecidas. Trata-se de uma prática fenomenológica, e sua fundamentação é principalmente antropológica, filosófica e humanística.
A base conceitual desta abordagem do inconsciente individual (Freud) e do inconsciente coletivo (Jung) existe também segundo Hellinger, um inconsciente familiar compartilhado pelos membros de uma mesma família e que se transmite às gerações seguintes, e que é estruturado a partir de todos os acontecimentos que compõem a história da família (nascimentos, mortes, uniões, separações, rejeições e exclusões, sucessos, fracassos, padrões de conduta, etc…).
Nas constelações familiares são abordados problemas pessoais, organizacionais, jurídicos,questões de Saúde e questões de ordem pedagógica.
Questões que afetam o casal, irmãos, pais e filhos… As constelações empresariais permitem uma visão clara e objetiva dos emaranhados dentro de empresas, organizações, comércios, consultórios, departamentos etc.
Questões Jurídicas encontram na Mediação entre as Partes, um meio para otimizar e resolver os processos em primeira Instância.
Questões Pedagógicas encontram a elucidação quanto o desenvolvimento pleno do Ser em suas múltiplas inteligencias, revelando boas soluções quanto a aprendizagem,
comportamento , habilidades e copetencias.
No campo sistêmico é possível verificar as origens dos conflitos e experienciar novas soluções, possibilitando uma melhor dinâmica de funcionamento para a empresa.
O campo de Consciência testemunhado é Pessoal, Familiar, Ancestral, Planetário e Cósmico.Este é configurado com o auxílio dos participantes do grupo (ou com figuras, âncoras e bonecos), que se colocam compondo um Sistema, disponíveis para representar os familiares ou elementos a ser trabalhado. O cliente posiciona os escolhidos e passa a observar a movimentação que se segue.
A representação é parte do fenômeno que ocorre no decorrer desse trabalho, onde o terapeuta e os participantes disponibilizam suas percepções para “ver” o que acontece na dinâmica do sistema configurado.
Este “ver” dá-se de diversos modos: as pessoas têm sensações físicas, tais como, calor, frio, suores; sentimentos diversos como alegria, raiva, tristeza, desconfiança, entre muitos outros. Esse é um exercício de empatia, o qual oportuniza o desenvolvimento da Virtude, Compaixão.
E há, na maioria das vezes, o reconhecimento pelo cliente do comportamento, dos sentimentos, do modo como a pessoa representada é ou foi na realidade, por vezes com a detecção de sintomas físicos, mesmo não tendo o representante dado nenhuma informação sobre o que ocorre em seu sistema e sobre as pessoas representadas.
A este Movimento denominamos de ressonância mórfica. O terapeuta, então, faz a sua leitura do que está física e espacialmente colocado no campo da representação do sistema familiar do cliente e segundo a forma com que cada representante se movimenta, conforme a direção que olha, como posiciona seu corpo, a direção a qual dirige seu olhar, guia ao Constelador consultar os representantes, somando ao seu testemunho, aos novos dados conferidos ao campo, escutando o cliente, realizando mais algumas perguntas, recolhendo dados onde encontram-se “a força da questão”onde os sentimentos primários, os quais guardam o trauma, oculto.
O essencial é simples e guarda o que está oculto, desta forma, o olhar de quem Constela, se coloca em uma distância onde possa testemunhar, além do Julgamento, interpretação, expectativa e ou planejamento.
Atento a ordem sistêmica, segundo as leis da Vida, testemunhadas no Sistema Familiar, que falam sobre como se dá a liberação do fluxo do amor e da vida plena nas Relações Humanas, conhecidas como:
As Leis e Ordens do Amor e da Ajuda, segundo Bert Hellinger, co-criador da Hellinger Sciencia.
Essas leis e Ordens,são manifestas pela percepção dos representantes, conferindo a sensação da Mente expandida, essa expansão é a mesma que o terapeuta utiliza dentro deste campo energético que se abre ao se configurar um sistema, seja ele familiar ou empresarial. Um Sistema, tal qual, um organismo Humano expressa-se como uma Organismo Vivo.
É a partir dele que se abre também a possibilidade de movimentos e do restabelecimento da ordem e do equilíbrio, o que significa a liberação do sofrimento , conferindo um alívio ao campo, ou seja que representa ou quem está junto ao grupo, sente uma leveza muitas vezes, ao final das Constelações.
Em outras vezes, é revelado o que é, e mesmo que seja distinto do que se gostaria, proporciona um novo olhar o qual possibilita ao cliente, a tomada de uma nova direção em sua vida.Este Movimento fenomenológico ocorre em função dos “campos”, dos quais fazemos parte.
O biólogo Rupert Sheldrake propõe a ideia dos campos morfogenéticos, que nos auxilia na compreensão de como os sistemas adotam suas formas e comportamentos característicos, no caso das famílias, padrões de sofrimento que muitas vezes se repetem geração após geração.
“Os campos morfogenéticos são campos de forma; campos padrões ou estruturas de ordem. São campos que levam informações, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de terem sido criados. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.”
Estes campos organizam não só os campos de organismos vivos mas também de cristais e moléculas, instinto ou padrão de comportamento. (…). Estes campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza…”, afirma Sheldrake.
Isso também significa que em cada nível, o total de energia é mais que a soma das partes, o que ainda necessita de muitos estudos a serem realizados pela ciência.Por este motivo – a existência dos campos morfogenéticos – é que, nas Constelações Familiares, podemos conceber as repetições de padrões pois o modo como foram organizados no passado influencia o modo como as pessoas, no seio da família, funcionam hoje.
Podemos denominar de memória que está impressa aos campos mórficos. E os fatos, os eventos ocorridos na família, por exemplo, podem tornar-se regularidades, “hábitos”.
Na Orientação Sistêmica Fenomenológica nas Constelações, há a possibilidade de uma interação inteligente, do acesso em outros níveis energéticos, da consciência e da mudança no sistema, pois o campo mórfico é uma estrutura alterável, a partir do que Sheldrake chama de ressonância mórfica e, neste sentido, não apenas o cliente que constela beneficia-se, mas todo o sistema pode beneficiar-se das Constelações Sistêmicas.
Esse beneficio se dá, pelo fato de que a história familiar de cada Pessoa é tocada em distintos pontos, a partir de uma única questão.
Desta forma, o Constelador se coloca, com sua Consciência testemunha, observando atentamente cada movimento do todo, olhando o Sitema e mantendo o foco no representante da questão.
Esse representante está em primeiro plano, enquanto todos os outros compõem o fundo, que está em segundo plano, não por esse motivo menos valoroso, apenas, a responsabilidade do Constelador é estar atento a boa solução e recursos que possam se revelar, diante da Constelação da questão pontuada.
Quanto a Abrangência:
Nesse Campo, atua uma força, a qual Bert Hellinger, primeiro denominou como “Movimentos da Alma” após,certo tempo de estudo, denominou de Amor do Espírito”.Essa força, da qual fala, antecede a alma Familiar, a ela tudo se originou e a ela tudo retorna.
Assim, se estivermos a serviço dessa Força, mais abrangente, não temos intenção de nada, não temos que fazer nada, análises não se fazem necessárias, apenas a coragem de assistir os movimentos naturalmente se revelarem, elucidando o que é.
Essa Força, antecede a existência da História Familiar, e é a partir dela que tudo se origina.
A partir dessa força, a qual podemos chamar de um amor mais abrangente, todos são parte, todos são incluídos e pertencentes, além dos Julgamentos de Valores, Morais.Todos e tudo possui o seu lugar, enquanto ser único.
Hellinger, testemunhou que, a Família possui uma Consciência que encontra a Paz quando todos estão reconciliados e pertencentes, quando essa força mais abrangente pode fluir livremente.
Essa força mais abrangente é o fluxo do amor, tal qual a água de um jarro, e as Ordens, tal qual um o Jarro, podem conter as flores, a vida.
Enquanto, isso não se dá, a Consciência Familiar busca a compensação, para que Ganhe leveza, Vida plena e Paz.
Enquanto Consteladores, testemunhamos um Campo, uma boa sugestão é perguntar-se:.
Para onde olham as crianças?Essa é uma, postura que segue ao mais, vida, exito, felicidade.
Por uma questão, de ordem, e hierarquia, aqueles que chegam depois, os mais novos, costumam assumir a função da Compensação, expiando, cuidando e seguindo aqueles que partiram.
Então, se coloquem ao lado da Criança do Cliente, e internamente reverencie a Alma Familiar dele, bem como permita-se ser guiado por essa força mais abrangente, de forma que possas ver com os olhos da Consciência, para onde a Criança do Cliente olha, abra-se a testemunhar os sinais, os movimentos corporais e os dados que resultem da escuta, Constelador e Constelando(cliente) diante da Ordenação do Sistema, fenomenológico da Constelação, orientada.
Quanto a Postura, diante do Campo:
A Postura do Constelador, difere, da Posição de um Terapeuta, no que se refere o Olhar Fenomenológico.
Muitos referem-se a esse olhar, como o olhar que assiste o fenômeno se dar, durante os movimentos das Constelações.
Bert Hellinger, fala sobre um olhar testemunha, tal qual os Sábios e Sábias do Oriente, falam sobre, a capacidade de transcender o ato de observar, além do ato de discernir, através do Observador, antes dele, está aquele que olha, através do seu olhar, o Testemunha.
Além do observador, está a possibilidade de interpretar, analisar, julgar, caso siga adiante, com a escuta, seguindo as sensações de seu corpo, os sinais enviados através de sua consciência, será tocado pela sabedoria de sua Intuição, a qual apontará, ainda mais profundamente, na Inspiração de se deixar levar, além do silêncio, onde a força que Bert refere-se, atua.
E testemunhar como ela ganha, movimento e guia a cada passo, dos Representantes do Sistema de Constelações.
No Livro, Amor do Espírito, existe capítulos dedicados a aprofundar sobre o Amor abrangente e os Campos fenomenológicos, bem como as Ordens do Amor, Ordens da Ajuda, sobre as Consciências e o Olhar da Criança..
Abaixo o Manual completo, de treinamento com Bert Hellinger, quando realizei a primeira formação completa com Habilitação em Hellinger Sciencia e Habilitação a ofertar treinamentos na Cura das Relações Humanas.
http://pt.slideshare.net/…/bert-hellinger-oamordoespiritona…
Qualquer, esclarecimento, aqui estou, que possa ajudar, em mais um pequenino passo, a favor da Vida.

Abraços Fraternos, Sahwenya Passuello 

                                15-  Expressões que curam a alma.De onde nascem?
                                                 Por Sahwenya Passuello-





Existe uma longa jornada da negação até o reconhecimento, do reconhecimento até a aceitação.Veja só, aquilo que foi negado, não pode mudar, por não ser visto, quando o é, surge muito internamente a frase:Agora, vejo você.As vezes amado, ser, ainda, é preciso certo tempo para um assentamento daquilo que é visto, é como se alma, lentamente reconhecesse a mudança de postura da Personalidade a qual serve.

Para então, após séculos a alguns, e um instante de lucidez a outro, se dar um pequenino passinho, que possa até, levar certo tempo, em direção a mudança, a qual sugere, do estágio de suportar seguir ao estado do amar, a experiencia vivida.
Aos poucos, muito devagarinho, o amor vai abrindo espaços, a fim de tecer um caminho, por onde seguirá livre, fluido, macio e terno.Para então tornar mais leve e natural o próximo movimento, onde você poderá comunicar e dizer:
-Agora, sim, Posso dar mais um passo, confiante no fluxo da vida, no fluxo do amor.É aqui que se dá a Aceitação, a qual guarda o potencial para se tornar Concordância.Veja, amado ser , quando concordamos com tudo e todos, assim como são, sem exigir nada,nem condicionar nada, aceitar em profundidade, então concordamos.

Nesse momento, nasce a reverencia, a honra a experiencia, frente ao que tenha acontecido.
A experiencia, as pessoas envolvidas, tornam-se grandes, podem crescer em vida e seguirem seus caminhos.

Validamos em nosso íntimo tudo o que se deu e tomamos a aprendizagem, tornando vívida, trazendo para a ação a transformação em nosso olhar, passando a ver com amor, isso quer dizer, a abençoar, a bem dizer, a toda os enredos pertencentes as Imagens de nosso inconsciente, que agora são tocadas pelo amor.

Quando, ordenarmos s as frases de boas percepções, colocamos na expressão escrita ou falada, palavras que tocam a alma, tocam o sentir.

Mas como isso se dá?

As palavras ditas tocam o sentir, pois brotaram de um olhar amoroso, em direção a região mais delicada daquele ser, onde antevemos seu maior tesouro.

Esse olhar, através dele olha, o amor mais abrangente que vê a si mesmo no outro e confia incondicionalmente em seu poder de amadurecimento, cura e desenvolvimento.

Nesse olhar, podemos acompanhar o passo a passo, do madurecimento das estruturas internas do ser, diante as suas histórias de vida, chegando ao momento, onde sinta-se com bases firmes, para caminhar, sobre suas delicadezas, assimilando naturalmente, as revelações que se apresentam, diante de seus olhos.

Para isso, é importante, desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro, além de suas dores e sofrimentos, até o espaço onde olha, e o destino ao qual está sendo atraído a compensar, expiar, repetir, buscando um equilibro , e a leveza a Consciência que através dele atua, a Consciência Familiar.

Após esses anos, acompanhando a Consciência Familiar e sua forma tão única de buscar essa leveza, pude testemunhar que aqui, não é relevante o certo ou errado, o bom ou ruim, e sim, importante e imprescindível, que todos estejam incluídos, ocupando o seu lugar, respeitando aqueles que são mais velhos, que chegaram antes, em relação aqueles que chegam depois, que todos sintam-se pertencentes, reconhecidos, com suas relações em equilíbrio no que se refere, o ofertar e o tomar, reconciliados, permitindo que a vida siga adiante, em um passo a mais.

Quando, nessa Consciência da Alma Familiar, um dos pés segue ao alto, significa, que a vida, ali está, pois o movimento do fluxo da vida, ali está.

E esse é o olhar Sistêmico do Constelador, diante dessa Alma Familiar e sua Consciência, um olhar que acolhe a todos e oferta um bom lugar em seu coração, depois então em segundo momento, olha a quem vem buscar ajuda, e o Constelador, então, onde fica?

Em último plano, consciente de que, ali está a serviço da Alma Familiar.
O Constelador se posiciona, mantendo o foco na questão e atento aos recursos disponíveis na Alma Familiar para elucidar a questão.

Dessa forma todos seguem em direção ao mais.Mais o que?

Mais vida, mais amor, mais prosperidade, maior exito e plenitude.
A Constelação pode ser dar simplesmente com a Presença de quem ali está pedindo ajuda, e ao formar um Campo circular com mais de 50 Pessoas, essas pessoas movem-se livremente, desenhando o enredo contido no silencioso pedido de ajuda.

E quando, mais de 1.500 Pessoas estão presentes conectados a esse Campo, todos, ali presentes serão tocados em suas Almas Familiares em pontos distintos e igualmente profundos, elucidando ao ponto essencial da alma de cada um dos participantes.

Seja uma Constelação, onde a questão é falada, ao Constelador, e os representantes são escolhidos diante da apresentação de uma questão a qual contem a força de seus sentimentos primários, o qual guarda, ocultamente algo, verdadeiro, e poderosamente um caminho de cura ao maior número de pessoas de todas as Almas Familiares presentes, ali naquele espaço.

Todo e qualquer movimento, toda e qualquer palavra orientada ou testemunhado pelo Constelação é averiguado, atentamente a partir dos sinais corporais, da linguagem gestual, e a direção e formas com que cada olhar é lançado diante do Sistema compostos pelos distintos membros, que se relacionam entre si, e gradativamente vão revelando o essencial, um passo a mais, na cura de todo o Sistema da Alma Familiar.

Logo uma frase de cura, é de certa forma a sintonização da voz de toda a alma familiar que se expressa através daquele representante e diz algo, pontual, e toca de forma abrangente e direta aquele que ali Constela.

Constelações, então não são antevisões, adivinhações, e sim a expressão da sinergia entre Constelador e a Alma Familiar de cada Constelando, bem como os vínculos de confiança estabelecidos entre o Constelador e o Constelando, a fim de que, O que é, seja iluminado e ganhe seu lugar.
As Principais palavras que tocam a alma são:

Sim.
Por favor.
Sinto Muito.
Gratidão.

As frases que respeitam a Humanidade em seu desenvolvimento natural Psicológico que venho testemunhando são:

-Vejo Você, agora.Esta frase atua como um ato de reconhecimento e confere a sensação de pertencimento, na maioria das Vezes.

Ela pode se dar em etapas, as quais são conferidas e confirmadas, quando o Constelador, pergunta ao Constelando, como se sente, e aos representantes, quando pergunta se o tocou ou não.
Quando a resposta é negativa, seguimos juntos encontrando a dose e a medida do passo, possivel, ao movimento interno a ser expresso, no Sistema de Constelações.

Os Campos de Consciência, respondem tornando-se mais pesados e ou mais leves na medida que a questão essencial está sendo revelada e uma boa solução, respeitosa e verdadeira está se encaminhando.

Com o tempo, o Constelador, pode sentir cinesteticamente, na medida que conhece a si mesmo e a linguagem do próprio corpo, desenvolve a empatia que confere o caminho da sinergia, potente capacidade que confere o discernimento para a leitura dos Campos.

Desta forma uma frase simples, tal qual:Eu vejo você, agora pode se tornar muitas outras, infinitas, conforme o ponto essencial de cada Alma Familiar e o tempo de assimilação e virtudes disponiveis a cura.

Perceba as variáveis as quais pode tornar a expressão: Eu Vejo você, agora:
Talvez leve um tempo ainda, para conseguir te olhar.

Esse é meu primeiro passo, talvez leve um certo tempo para poder prosseguir através de meu olhar.
Eu Posso agora te ver.

Já posso te ver um pouco.

Por favor, olhe para mim Papai.
Por favor Mamãe olhe para mim, estou aqui.
Agora, Vejo você.
Te vejo.
Um olhar que olha(Sem fala).

Esse é o Caminho que segue entre a Negação, até a aceitação que ainda não é a cura completa.
Como foi dito no principio desse texto,  a Aceitação suporta algo, e pede pela Concordância.

Nesse Caso, a expressão de Cura:
Eu te Vejo, pode tornar-se plena, quando inclui mais duas palavrinhas, “Eu te vejo…………(Mamãe) com amor.

Deixe, ecoar em seu coração, em seu corpo essas distintas frases e naturalmente, conforme a fala de quem está sendo orientado, respondendo a perguntas ou informando dados, quando o Constelador percebe ser necessário, são transformadas em dados, e depois passam pelo sentir do Constelador, que busca a forma mais respeitosa e sábia de comunicar ao campo, o que muitas vezes um espaço ainda ferido emitiu.

Veja, que uma menina Interior de uma Mulher que esteja Constelando, poderá dizer:
Minha Mãe, nunca me amou, nunca teve um tempo para me dar atenção, sempre foi fria comigo.
O Constelador precisa, ter consigo a compreensão que se trata de alguém pedindo atenção e carinho.
Logo, qual a forma respeitosa de dizer isso de forma que toque o coração da Mãe, para esta aproximação, seja ela, um passinho, ou meio passinho, ou até um pequenino movimento em direção a filha.

Como será que atuará no Campo da Alma Familiar, e na alma Pessoal dessa Mulher que apresenta a questão,quando falar diante da representante de sua Mãe,  a seguinte Expressão:
Por favor
( Espaçadamente, REPETIDAMENTE,  até que venha com a força, aquela que oculta o essencial).

Você, enquanto Constelador, poderá, investigar como cada representante se sente ao passar do tempo poderá fazer a leitura pela densidade e leveza do campo, em outras sentirá a necessidade perguntar aos representantes, está tudo bem, é assim mesmo, que se dá os movimentos das Constelações.
Apenas preciso é desprender-se de alguns conceitos, tais como, ummm errei as frases, ummm estão todos vendo que errei, um que vergonha, ou não me sinto capaz de orientar as Constelações.

Lembre-se:Você não faz nada, apenas está, auxiliando a elucidar uma questão oculta, uma tradutora de sinais e leitura de sinergias em movimento, nada mais natural que pergunte, investigue e verifique o que toca e o que não toca, e quais os elementos e recursos que ajudam a tocar.
Tocar o que?
A vida, o fluxo da Vida.

Logo um Por favor, pode se tronar, para outro uma frase, tal qual essa que apresento abaixo:
Mamãe, por favor, olhe para mim.

Aguardaremos o efeito da frase, através do olhar entre Mãe e filha, se ele se faz, ou não, como essa Mamãe se sente.

Ela escuta a voz de sua Filha?Par onde ela olha?O que precisa essa Mãe, de que força, de qual presença, necessita para sentir-se confiante e plena, para voltar seu olhar a sua filha.
Veja, quanta compaixão, a filha de um momento ao outro poderá ser guiada a experienciar, quando pode testemunhar o que, ou quem, levou, atraiu o olhar de sua Mãe, durante todo esse tempo de sua vida.

É aqui que a aceitação se transforma em Concordância, e concordância difere da aceitação, a aceitação suporta e a concordância, ama, esse é o verdadeiro ato de humildade, fazer-se pequeno diante do destino dessa Mãe e dessa Filha que de alguma forma serviram ao encontro da reconciliação e da Paz, no sei dessa Alma Familiar.

E a partir daqui, outras frases podem nascer, naturalmente, e você constelador, poderá sentir que uma das partes, possuem algo a dizer, pois estão vivendo algo, completando um movimento, o qual esteve interrompido até aqui.

É quando o Constelador que está inciando, aprendendo pode livremente falar ao Campo:
Estou aprendendo a linguagem do Campo, é uma Honra servi-los.Farei algumas perguntas, agora para afirmarmos que esse é o caminho da cura do maior numero de pessoas e de suas Alma Familiares aqui presentes.

Alguém entre vc representantes,possui a sensação de algo a dizer, ou tudo já foi expresso no silencio?
Quando então algumas mão levantam-se apontando, para algo que ainda precisa completar, ouvimos baixinho ao pé do ouvido, assim, o Constelador, poderá transformar a percepção do representante em uma frase de cura.

As vezes, a frase já vem alinhada e em outras o próprio representante está aprendendo a tecer uma leitura de seus sintomas físicos, sensações corporais , além das emoções, até que aprenda a perceber seus sentimentos, até ouvir a voz do seu coração.

É preciso paciência com as coisas ainda não resolvidas do coração, tanto para com, os Representantes, tanto com quem pede a Constelação e também,  generosidade e compaixão consigo e seu tempo e ritmo de aprendizagem.

E assim, seguimos, até os Movimentos que findam a Constelação, que neste exemplo podem bem ser elucidados, pelos representantes cujo o olhar da Mãe era atraído.

E todos, podem dizer:
Agora, todos nós podemos seguir em paz.

E a Mamãe, poderá dizer, quem sabe:

Minha querida, filha, agora, posso te ver.

E aqui pode ser uma primeira fase dessa Constelação, a qual poderá se completar em encontros, seguintes, tal qual, uma Constelação, multifacetada.

Ofertando um bom tempo para quem Contela, assimilar em profundidade, a completude de um movimento interrompido, que aqui, referiu-se ao Contato com o olhar da Mãe.

Eis o essencial, o amor.A Medicina que cura os Vínculos Primários das Relações de Base.

Abraços Fraternos e unos prosseguimos nessa Jornada, amorosa que é, despertar o Curador em si mesmo e ofertar as distintas possibilidades ao outro de tornar-se agente ativo de sua própria Cura.

Sabedorias que somam-se a esse olhar:
Natural Medicina Alma da Terra
Constelações Familiares
Renascimento.

Que a cada amanhecer seu coração seja tocado pelas bênçãos do amor.
A Natural Medicina, agradece sua presença nesse caminhar.

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